quinta-feira, 12 de março de 2009

Tive o privilégio de os ver jogar. Por isso sou Sportinguista


Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano ficaram conhecidos como os Cinco Violinos, designação ainda hoje associada a um dos melhores períodos do futebol português. Os anos quarenta e cinquenta do século XX nunca serão esquecidos pelos sportinguistas, mesmo por aqueles que não tiveram o privilégio de ver actuar tão virtuosos jogadores.

Os cinco atletas, e os companheiros que com eles actuaram naqueles tempos deram um valioso contributo para o engrandecimento do Sporting e do futebol português, conquistando muitos títulos, entre os quais os primeiros tricampeonato e pentacampeonato do futebol português.

Vasques, Albano e Travassos contabilizaram oito títulos de campeões nacionais, Jesus Correia sete e Peyroteo cinco, proezas invulgares e difíceis de igualar. O "quinteto" jogou junto no período compreendido entre 1946/47 e 1948/49, sendo Peyroteo o primeiro a abandonar o futebol. Jesus Correia continuou até 1953, ano em optou pelo hóquei em patins, enquanto Albano arruma as "chuteiras" em 1957. Vasques e Travassos foram os últimos resistentes, com a curiosidade de terem chegado ao Clube no mesmo no mesmo dia (8 de Setembro de 1946) e terem abandonado igualmente no mesmo dia (7 de Setembro de 1958).

Os extraordinários jogadores sportinguistas foram "baptizados" com o nome de Cinco Violinos por Tavares da Silva, treinador, jornalista, seleccionador nacional e dedicado sportinguista, devido à harmonia e entrosamento que revelavam dentro dos relvados.

O quinteto de avançados tinha o suporte de jogadores também eles notáveis. A baliza estava entregue a João Azevedo, um dos melhores guarda redes portugueses de sempre. A defesa era comandada pelo capitão Álvaro Cardoso, auxiliado no lado esquerdo por Juvenal ou Octávio Barrosa. No meio campo evoluíam Canário, Manuel Marques (Manecas) e Veríssimo.

Na selecção nacional, os "cinco violinos" contribuíram para alguns êxitos, entre os quais se destaca a primeira vitória sobre a Espanha, por 4-1, obtida em 1947 no Estádio Nacional. Travassos marcou dois golos, ficando os outros dois a cargo de Araújo, do FC Porto.

Algum clube tem na sua história uma equipa como esta?

O Sporting é como a Fénix: renasce, ainda que seja das cinzas.

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