domingo, 29 de março de 2009

Como hoje é Domingo,reflictam

O mais surpreendente e abjecto na incapacidade que os governantes revelam para debelar a crise não é a sua incompetência. É a prova provada de que, actualmente, só existem dois tipos de governantes:


1- Os das chamadas “democracias” – como a que nos rege - que não passam de capatazes ou marionetas nas mãos dos patrões que pagam às máquinas partidárias para os manterem no poder, através de uma pescadinha de rabo na boca em que todos têm o cu trilhado e, portanto, se protegem sob pena de se afundarem todos juntos, desde que um deles bata com a língua nos dentes.

Por isso, cada primeiro-ministro ou chefe de Estado que viaja para o estrangeiro, faz-se sempre acompanhar pela “elite” dos empresários e banqueiros que, afinal, são os principais responsáveis pela crise que afecta o país, os confederados nas associações patronais que, a bem dizer, são verdadeiros núcleos de parasitas que, através de comprovada inconsciência social, não me custa classificar como mais um tipo de associação de malfeitores.

Por isso criaram e defendem com unhas e dentes os tais off-shores que lhes servem para vigarizar o Estado, fugirem aos impostos e poderem participar em todo e qualquer tipo de “negócio” mafioso em que lavam o dinheiro, ou cobram percentagens a quem o lava.

Toda e qualquer outra “democracia” europeia, norte-americana ou “ocidental” (aonde estiver] é uma espécie de Dupont et Dupond da nossa.


2- O outro tipo de governantes, são os ditadores que não dependem dos chamados empresários ou banqueiros. O país é deles, toda a riqueza lhes pertence, e costumam ter uns “exércitos” que os salvaguardam, enquanto lhes pagarem, é claro. Como todos sabemos, esse tipo de governantes sempre foi e continua a ser apoiado pelos que governam as tais “democracias” referidas no ponto anterior.

Portanto, não há G-7, G-8, G-20 ou cimeiras e ONU que consiga resolver um problema afinal simples:


a) Extingam os off-shores, e obriguem-nos a devolver o dinheiro que lá está aos países de onde saiu. Cobrem os respectivos impostos e levem a julgamento quem utilizou esse expediente para cometer os crimes que, à Justiça, cabe averiguar, julgar e condenar.

b) Para isso, comecem por exigir a demissão dos governos que permitiram e criaram a chamada crise, e são responsáveis pela situação de que são os principais e notórios culpados.

c) Apresentem perante a Justiça – que também deve ser escrutinada – os responsáveis pela tão badalada e afamada crise – sem fim à vista – sejam eles os chamados políticos, empresários, banqueiros ou investidores.

Se não conseguirmos isso em tempo útil:

Preparem-se para os famintos deste mundo provocarem uma revolta mundial que fará esquecer a Tomada da Bastilha ou o assalto ao Palácio de Inverno.


Não sei qual das soluções será a melhor e mais justa.


Mas estou certo que uma dessas acontecerá.


De qualquer forma deixem-se de panaceias idiotas: o cancro não se trata com pensos rápidos.


Aceitem esta evidência: o sistema que ainda defendem, não está moribundo. Já morreu.

Álvaro Fernandes

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