A páginas 16 do Diário de Notícias de hoje – e transcrevendo declarações de Cavaco Silva ao jornal alemão Frankfurter Allgeneine Zeitung – o nosso Presidente da República declarou :
“dispor de poderes, o de demitir o governo e de dissolver a Assembleia da República, de que ‘não gostaria de fazer uso’.”
Em letras gordas, o DN , a meio do mesmo artigo, publica:
PR “não gostaria” de usar poder de dissolver a AR
Para bom entendedor, não é preciso ler nas entrelinhas. As declarações de Cavaco Silva são claras e sintomáticas:
“não gostaria” de usar poder de dissolver AR.
Mas já avisou que tem poderes para o fazer.
Embora as eleições estejam “à porta”, também ainda não se comprometeu com datas, salvo que só decidirá as legislativas depois de Junho, ou seja das europeias.
Moral da história:
Basta haver um pretexto para demitir o governo e – mesmo sem gostar – fá-lo-á.
De resto, pretextos não vão faltar. Por exemplo, a crise social que vai extravasar para as ruas com greves, manifestações e alteração da ordem pública a que, nem o marketing ou a máquina de propaganda socrática, conseguirá travar.
Aí, restará a Cavaco Silva demitir José Sócrates…
Valha-nos ao menos isso.
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