quarta-feira, 4 de março de 2009

COMUNICADO DO MIL SOBRE A SITUAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU


O assassinato do Presidente Nino Vieira em evidente represália ao do Chefe Geral das Forças Armadas, Tagmé Na Waie, vem acentuar de forma dramática mais um grave período de instabilidade na República da Guiné-Bissau.
Todos os povos e Governos da CPLP devem aproveitar estes acontecimentos trágicos para ajudar os irmãos guineenses a construir um verdadeiro Estado de Direito, eliminando de forma definitiva a imagem de Narco-Estado que infelizmente tem sido a da Guiné-Bissau, nos últimos anos.
Nessa medida, o MIL congratula-se com a manifestação de governos de países da CPLP no sentido de se empenharem no auxílio imediato aos irmãos guineenses de modo a evitar que a situação se degrade ainda mais.
Esse auxílio deverá, a nosso ver, concretizar-se em todos os planos: humanitário (através do envio de bens essenciais), cívico (principalmente nas áreas da educação e saúde), económico (através de um Fundo a criar no âmbito da CPLP) e, ainda, no plano da segurança interna. A este respeito, o MIL recorda a Petição "POR UMA FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ", por si lançada, precisamente para responder a situações como esta que se vive na Guiné-Bissau.

MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO
Comissão Coordenadora

Nota de apresentação: O MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO é um movimento cultural e cívico recentemente criado, em associação com a NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI, que conta já com mais de oito centenas de adesões, de todos os países lusófonos.
A Comissão Coordenadora é presidida pelo Professor Doutor Paulo Borges (Universidade de Lisboa), Presidente da Associação Agostinho da Silva (sede do MIL).
A lista de adesões é pública – como se pode confirmar publicamente (
www.novaaguia.blogspot.com), são pessoas das mais diversas orientações culturais, políticas e religiosas, pessoas dos mais diferentes locais do país e de fora dele.

1 comentário:

zigoto disse...

É publico que aderi, e pertenço ao Conselho Geral do MIL, desde que foi criado.
No blogue "O Cacimbo", que criei e do qual mantenho a responsabilidade de administrador, já por diversas vezes transcrevi artigos e notícias do MIL ou da Nova Águia, de que também tenho o privilégio de ser assinante.
Quem me conhece, compreenderá naturalmente as razões e pontes que ligam este blogue ao MIL e à Nova Águia.
O denominador comum é fácil de encontrar.
Como também é fácil de saber e ler tudo o que fui escrevendo a propósito da tragédia, que agora se acrescentou, à que já existia e foi sendo acentuada desde que, há dez anos, o narcotráfico assentou arraiais em Bissau.
Nos postais anteriores, refiro-me claramente a + esse problema.
Recordo que, num deles, lhe chamei "caso de polícia" e fui de opinião que, antes de enviar forças para o terreno, convinha recolher informações suficientes para decidir que tipo de ajuda seria conveniente enviar, em vez de piedosas condolências diplomáticas.
Chegou o momento de Portugal questionar - no âmbito da CPLP - e através da OUA, ONU e comunicação social que responsabilidade (não) têm assumido Estados como Angola e o Brasil. Esses, são das tais "potências emergentes" com capacidade económico-financeira para contribuírem como é seu dever dentro da CPLP.
Ao que sei: não o têm feito. E mais:
só lhes tem interessado pressionar a rápida aprovação do chamado acordo ortográfico...
Com o respeito que me merece a História comum e a Língua portuguesa, voltarei ao tema logo que tenha oportunidade.
Por enquanto, reafirmo que, em relação à Guiné-Bissau, hoje como desde que aquele país é independente e atravessou períodos dramáticos e trágicos, somente Portugal se dispôs a socorre-lo e evitar males maiores.
Basta consultarem a "cronologia" da História da Guiné-Bissau para verificarem o que digo.
Portanto, parece-me que chegou a hora de exigirmos aos nossos parceiros da CPLP que assumam as suas responsabilidades. De outra forma...pela parte que me cabe, sejam felizes e passem bem.