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No ano passado foram computadores. Este ano foram diplomas e cheques, que 23 membros do Governo andaram pelo país a distribuir aos bons alunos.
É justo.
No ano passado foram computadores. Este ano foram diplomas e cheques, que 23 membros do Governo andaram pelo país a distribuir aos bons alunos.
É justo.
Ainda há dias a ministra da Educação se congratulava, sem sorrir, com as aguardadas estatísticas de 2008, o prodigioso ano em que, em vésperas de eleições, quase ninguém chumbou (na escola, pois chumbos na vida não são problema do ME).
Com notável desprendimento, o Governo atribuiu então os louros ao "esforço de professores e alunos", embora seja de justiça reconhecer que sem aquela grande ideia dos exames fáceis o país não teria decerto "milagre educativo" para festejar.
Por isso, em vez de premiar os bons alunos, talvez o Governo devesse antes premiar alunos como o Luís, de 15 anos, um dos milhares de milagrados do ME, que foi notícia no "Expresso" por ter passado do 6º para o 7º ano com oito negativas e uma só positiva (a Educação Física).
De facto, é a alunos como o Luís que fica a dever-se o bombástico milagre educativo português. Os bons alunos?
Esses já contribuiriam para as estatísticas, com milagre ou sem ele. E apesar dele.
Manuel António Pina
in JN
2 comentários:
E um qualquer dia vai-lhes ser entregue o diploma de engenharia pela defunta Univ.Independente sem irem às aulas.Isso é que seria um ensino de sucesso!
já estivemos mais longe...já diminuiram na nota de acesso aos cursos na faculdade...assim vamos lá..
Burrinhos, mas doutores...
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