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A possibilidade de Pedro Santana Lopes ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Lisboa tem merecido comentários uns atrás dos outros.
A possibilidade de Pedro Santana Lopes ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Lisboa tem merecido comentários uns atrás dos outros.
Do próprio, que já disse estar a ponderar se a sua vida profissional admite um novo desafio político desta monta; de Pedro Passos Coelho, que acha Santana Lopes um "nome forte, com certeza"; do líder da distrital de Lisboa, que já lhe manifestou indefectível apoio; e, seguramente, de milhares de militantes social-democratas e de outros milhares de portugueses ansiosos por terem de volta o "menino guerreiro".
Quem ainda não disse nada foi a calada e circunspecta líder do PSD. Ainda assim, a direcção social-democrata tem deixado passar nos media, cautelosamente, a ideia de que o regresso de Santana Lopes é uma possibilidade séria. Ora isso merece um comentário.
Todos nos lembramos dos nomes daqueles que, quando Santana era primeiro-ministro, ora lhe apontavam, diariamente e a dedo, os (supostos) erros da governação, ora despejavam a verrina quando o vento ajudava a empurrar Santana mais depressa para o abismo. São, em boa medida, os mesmos que hoje estão com Ferreira Leite na direcção do partido.
Todos sabemos que Ferreira Leite recusou ser ministra do Governo de Santana, justamente por não desejar ver o seu nome associado ao descalabro por muitos (e com certeza por ela também) alvitrado.
Quem ainda não disse nada foi a calada e circunspecta líder do PSD. Ainda assim, a direcção social-democrata tem deixado passar nos media, cautelosamente, a ideia de que o regresso de Santana Lopes é uma possibilidade séria. Ora isso merece um comentário.
Todos nos lembramos dos nomes daqueles que, quando Santana era primeiro-ministro, ora lhe apontavam, diariamente e a dedo, os (supostos) erros da governação, ora despejavam a verrina quando o vento ajudava a empurrar Santana mais depressa para o abismo. São, em boa medida, os mesmos que hoje estão com Ferreira Leite na direcção do partido.
Todos sabemos que Ferreira Leite recusou ser ministra do Governo de Santana, justamente por não desejar ver o seu nome associado ao descalabro por muitos (e com certeza por ela também) alvitrado.
Todos conhecemos, de resto, a distância que vai entre o modo escolhido por Manuela Ferreira Leite para fazer política e o jeito usado por Santana para lidar com a mesma.
E é tudo isto que justifica perguntar: por que motivo está, aparentemente, Ferreira Leite disposta a sufragar a candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa?
E é tudo isto que justifica perguntar: por que motivo está, aparentemente, Ferreira Leite disposta a sufragar a candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa?
Tendo ela a opinião (política) que tem sobre o ex-primeiro-ministro, estando ela tão distante da "praxis" santanista, jurando ela não se mover por interesses de circunstância, faz algum sentido optar por Santana Lopes em detrimento de nomes como o de Fernando Seara?
Se Manuela Ferreira Leite julgava, há não muito tempo, que Santana não servia para primeiro-ministro, o que mudou entretanto para passar a entender que já serve para liderar a maior Câmara do país?
Ferreira Leite sabe bem que o regresso de Santana Lopes ao activo apenas engrossará a oposição que, por enquanto em surdina, vai germinando no seio do partido.
Ferreira Leite sabe bem que o regresso de Santana Lopes ao activo apenas engrossará a oposição que, por enquanto em surdina, vai germinando no seio do partido.
O ex-primeiro-ministro é um "sapo" demasiado grande para alguns "ferreiristas" engolirem. Ele sabe disso. E goza com isso.
Como fez ontem questão de lembrar numa crónica na TSF, ao dizer que a estratégia de Ferreira Leite para combater o PS está errada.
Está-lhe no sangue.
in JN
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