sábado, 20 de setembro de 2008

NAO EXISTE BRONZEAMENTO SEGURO

Cientistas americanos e britânicos publicaram na passada Sexta-Feira, dia 19 de Setembro de 2008, na revista científica Pigment Cell & Melanoma Research uma revisão ao um estudo publicado há cerca de 20 anos. A revisão agora publicada teve por objectivo actualizar as conclusões originais do estudo de acordo com os conhecimentos actuais, particularmente em matéria genética.
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Assim, de acordo com os novos conhecimentos, os cientistas afirmam nas novas conclusões que o bronzeamento provoca alterações no DNA das células da pele, as quais podem conduzir directamente ao melanoma cutâneo.
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“Os sinais nas células que induzem a aparência bronzeada parecem ser danos no DNA”, disse Dorothy Bennet, bióloga celular da Universidade de St. George, em Londres, que escreveu um dos artigos. “Os danos no DNA são o primeiro passo para uma mutação celular que pode causar cancer, portanto não existe coisa alguma próxima de um bronzeamento saudável.”
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 60 mil pessoas por ano morrem por excesso de exposição à radiação ultravioleta, a maioria por melanoma maligno, a forma mais letal de cancer.
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Actualmente não existe qualquer dúvida científica na ligação entre melanoma cutâneo e danos genéticos das células produzidos pela radiação ultravioleta solar ou de equipamentos de bronzeamento artificial. Por consequência, temos hoje fundamento para afirmar que mesmo a menor exposição ao Sol é perigosa.
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Outro aspecto relevante é que os meios de comunicação normalmente lançam grande confusão entre o público no que se refere à segurança contra a radiação ultravioleta e o seu efeito causal sobre o melanoma. Embora receber uma pequena quantidade de luz directa do sol pode ser benéfico porque a radiação ultravioleta estimula o corpo a produzir vitamina D, é também necessário dizer às pessoas que precisam de muito menos radiação para esse fim do que precisam quando pretendem bronzear-se.
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Dorothy Bennet afirma o seguinte: “Os jovens, principalmente, expõem-se excessivamente porque ignoram que a radiação tem um efeito destrutivo sobre o DNA e que os excessos de radiação absorvidos formam danos cumulativos e irreversíveis. Portanto, qualquer agressão à pele pela radiação nunca é recuperada e fica como uma marca permanente que formará somatório com a próxima agressão, e assim sucessivamente. A progressão para o melanoma cutâneo é uma viagem sem regresso.”
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Portanto, até que a ciência produza a primeira vacina definitiva contra o cancer, devemos resguardar a nossa pele.
Reuters

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