Cientistas americanos e britânicos publicaram na passada Sexta-Feira, dia 19 de Setembro de 2008, na revista científica Pigment Cell & Melanoma Research uma revisão ao um estudo publicado há cerca de 20 anos. A revisão agora publicada teve por objectivo actualizar as conclusões originais do estudo de acordo com os conhecimentos actuais, particularmente em matéria genética..
Assim, de acordo com os novos conhecimentos, os cientistas afirmam nas novas conclusões que o bronzeamento provoca alterações no DNA das células da pele, as quais podem conduzir directamente ao melanoma cutâneo.
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“Os sinais nas células que induzem a aparência bronzeada parecem ser danos no DNA”, disse Dorothy Bennet, bióloga celular da Universidade de St. George, em Londres, que escreveu um dos artigos. “Os danos no DNA são o primeiro passo para uma mutação celular que pode causar cancer, portanto não existe coisa alguma próxima de um bronzeamento saudável.”
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 60 mil pessoas por ano morrem por excesso de exposição à radiação ultravioleta, a maioria por melanoma maligno, a forma mais letal de cancer.
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Actualmente não existe qualquer dúvida científica na ligação entre melanoma cutâneo e danos genéticos das células produzidos pela radiação ultravioleta solar ou de equipamentos de bronzeamento artificial. Por consequência, temos hoje fundamento para afirmar que mesmo a menor exposição ao Sol é perigosa.
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Outro aspecto relevante é que os meios de comunicação normalmente lançam grande confusão entre o público no que se refere à segurança contra a radiação ultravioleta e o seu efeito causal sobre o melanoma. Embora receber uma pequena quantidade de luz directa do sol pode ser benéfico porque a radiação ultravioleta estimula o corpo a produzir vitamina D, é também necessário dizer às pessoas que precisam de muito menos radiação para esse fim do que precisam quando pretendem bronzear-se.
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Dorothy Bennet afirma o seguinte: “Os jovens, principalmente, expõem-se excessivamente porque ignoram que a radiação tem um efeito destrutivo sobre o DNA e que os excessos de radiação absorvidos formam danos cumulativos e irreversíveis. Portanto, qualquer agressão à pele pela radiação nunca é recuperada e fica como uma marca permanente que formará somatório com a próxima agressão, e assim sucessivamente. A progressão para o melanoma cutâneo é uma viagem sem regresso.”
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Portanto, até que a ciência produza a primeira vacina definitiva contra o cancer, devemos resguardar a nossa pele.
Reuters

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