segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aberrações cá do "Sitio"...

Elementar justiça
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Segundo o Relatório de Avaliação Global do Cumprimento dos Princípios de Bom Governo, da responsabilidade do Ministério das Finanças, que o CM agora divulgou, os "boys" colocados nas administrações de 77 das maiores empresas públicas custaram em 2007 aos contribuintes qualquer coisa como 34,2 milhões de euros.
Cada um deles recebeu, em média, 92 874 euros em remunerações e mais dispersos "benefícios sociais", "complementos" e regalias, dos automóveis topo de gama aos seguros de saúde e reformas igualmente topo de gama.
Feitas as contas, qualquer dos 369 felizes autocontemplados (pois são eles quem assume a penosa tarefa de fixar as suas próprias remunerações) ganhou mais do que ganha o primeiro-ministro, o que, em tempos de unhas de fome como os nossos, constitui um acto de louvável generosidade, mesmo tratando-se de generosidade à custa de dinheiros públicos, que é como quem diz à custa alheia.
Mas, principalmente, é um acto da mais elementar justiça.
De facto, governar uma empresa pública e, ao mesmo tempo, governar-se, há-de decerto ser muito mais difícil do que governar um país.
Manuel António Pina
in JN

1 comentário:

Patanisca disse...

Estou de volta com um pedido de desculpa por não ter avisado que ia tanto tempo de férias. É visita rápida. Voltarei de novo para estar com tempo.