Às vezes pergunto-me se não gastarei cera de mais com Alberto João Jardim. Tento justificar-me com o facto de o meu interesse por ele ser meramente científico.
Com efeito, observando Jardim sinto-me como um biólogo debruçado sobre uma lamela de bicheza esquisita, possuído por uma curiosidade levemente divertida e não isenta de ternura.
O interesse científico de Jardim é que é um tipo, o representante de uma espécie. No seu caso, desbocado q.b. para ficarem facilmente à vista as características da espécie.
O interesse científico de Jardim é que é um tipo, o representante de uma espécie. No seu caso, desbocado q.b. para ficarem facilmente à vista as características da espécie.
Veja-se, por exemplo, o que diz sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo:
"Não tenho qualquer preconceito em relação às opções sexuais de cada um", mas (a palavra importante é o "mas") "um casamento pressupõe sexos diferentes".
É a espécie dos "tolerantes, mas".
Dos "não sou racista, mas" aos "não tenho nada contra os ciganos (no caso de Jardim, os chineses), mas".
Que, no que toca ao casamento homossexual, tem muitos e ilustres representantes entre políticos "vulgaris Linei".
Em especial nas bancadas do PS e PSD que, pelos vistos, estão cheias de gente pessoalmente a favor; "mas".
Manuel António Pina
in JN
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