domingo, 28 de setembro de 2008

André Breton...Escritor e Poeta Francês...Impulsor do Surrealismo...

André Breton
André Breton (Tinchebray (Orne), 19 de fevereiro de 1896 - Paris, 28 de setembro de 1966) foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.
Biografia
De origem modesta, iniciou, sem entusiasmo, estudos em
Medicina sob pressão da família. Mobilizado para o exército, na qualidade de enfermeiro, para Nantes em 1916, ali trava conhecimento com Jacques Vaché, filho espiritual de Alfred Jarry, um jovem sarcástico e niilista que viveu a vida como se de uma obra de arte se tratasse e que morreu aos 24 anos em circunstâncias bastante suspeitas (a tese do suicídio é controversa).
Jacques Vaché, que não mais deixou do que cartas de guerra, teve uma enorme influência no espírito criativo de Breton: enfraquecendo a influência de Paul Valéry e, deste modo, determinando tanto a sua concepção de "Poète" (Le Pohète segundo Vaché), como a de humor e de arte.
Em
1919, Breton funda com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista Littérature e entra, também, em contato com Tristan Tzara (fundador do Dadaismo).
Em Les Champs magnétiques (escrito em colaboração com Soupault), coloca em prática o princípio da escrita automática. Breton publica o Primeiro Manifesto Surrealista, em 1924.
Um grupo se constitui em torno de Breton: Philippe Soupault, Louis Aragon,
Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Robert Desnos, Benjamin Péret.
No afã de juntar a idéia de « Mudar a vida » de Rimbaud e a de « Transformar o mundo » de Marx, Breton adere ao Partido Comunista em 1927, do qual será excluido em 1933.
Ele vive sobretudo da venda de quadros em sua galeria de arte.
Sob seu impulso, o surrealismo torna-se um movimento europeu que abrange todos os domínios da arte e coloca profundamente em questão o entendimento humano e o olhar dirigido às coisas ou acontecimentos.
Inquieto por causa do governo de Vichy, Breton se refugia em 1941 nos Estados Unidos da América e retorna a Paris em 1946, onde continurá até sua morte a animar um segundo grupo surrealista, sob a forma de exposições ou de revistas (La Brèche, 1961-1965).
.
Poema de Breton
.
EL MARQUÉS DE SADE
El marqués de Sade ha vuelto a entrar en el volcán en erupción
De donde había salido
Con sus hermosas manos todavía ornadas de flecos
Sus ojos de doncella
Y ese permanente razonamiento de sálvese quien pueda
Tan exclusivamente suyo
Pero desde el salón fosforescente iluminado por lámparas de entrañas
Nunca ha cesado de lanzar las órdenes misteriosas
Que abren una brecha en la noche moral
Por esa brecha veo
Las grandes sombras crujientes la vieja corteza gastada
Que se desvanecen
Para permitirme amarte
Como el primer hombre amó a la primera mujer
Con toda libertad
Esa libertad
Por la cual el fuego mismo ha llegado a ser hombre
Por la cual el marqués de Sade desafió a los siglos con sus grandes árboles abstractos
Y acróbatas trágicos
Aferrados al hilo de la Virgen del deseo
(De L'air de l'eau)
Versión de Aldo Pellegrini

Sem comentários: