segunda-feira, 2 de março de 2009

O TOLO

Conta-se que numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas.
Diariamente, chamavam-no ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas  uma de 50 cêntimos e outra de 1 euro.
Ele recolhia sempre a menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda que ele escolhia era a que valia menos.
“Eu sei.”  respondeu o não tolo  “ela vale metade do valor, mas no dia em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda.”

Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:

A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: quem eram os verdadeiros tolos da história?
A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar a sua fonte de rendimento.

Mas a conclusão mais interessante é a seguinte:

A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.

“O maior prazer de uma pessoa inteligente, é fazer-se de idiota diante de um idiota que se faz de inteligente.”

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