[Lugar ao Sul - 07.03.2009]
Guadiana
Letra e música: Vitorino
Intérprete: Vitorino* (in "Flor de La Mar", EMI-VC, 1983; reed. 1992)
Rio Guadiana, que vais p’ró mar
Correm-te as águas tão gentis
Em terra estranha...
Toma cuidado, olha que em Espanha
Criam-se as mágoas que me inquietam
Dum pesadelo...
Frescas manhãs em Abril
Onde andarão lembranças mil...
Clara Joana foi-se hoje embora
Deixa a saudade num portado
Ninguém a chora
A felicidade é coisa simples
Vai de barquinha rio abaixo
Nunca mais torna...
Frescas manhãs em Abril
Onde andarão lembranças mil...
Espelho da cara da nossa gente
Tira a confiança a quem te mente
Ai se te vejo no Alentejo
Sem laranjais, sem trigo d’oiro
És a fonte dos meus receios
Frescas manhãs em Abril
Onde andarão lembranças mil...
[bis]
* Violas Ovation – Janita Salomé, Carlos Salomé, Vitorino
Acordeão – Baíco
Viola da gamba – Pedro Caldeira Cabral
Percussões – Rui Júnior
Direcção musical e arranjos – Vitorino, Pedro Caldeira Cabral e Janita Salomé
Produção – Vitorino, Manuel Salomé e Francisco Vasconcelos
Gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, Paço d’Arcos
Técnicos de som – António Pinheiro da Silva e Pedro Vasconcelos
Texto sobre o disco em: Grandes discos da música portuguesa: efemérides em 2008
URL: http://www.pflores.com/vitorino/index.php
http://www.magicmusic.info/artistas.php?id=28
http://rubicat3.com.sapo.pt/index.html
http://rubicat3.com.sapo.pt/vitorino.html
http://marius3.no.sapo.pt/vitorino.html
http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1
http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2671
Ponte do Guadiana
Letra: João Monge
Música: João Gil
Intérprete: Rio Grande* (in "Rio Grande", EMI-VC, 1996)
Parece que estava escrito
(Como a vida nos engana)
O sonho era mais bonito
Para lá do Guadiana
Agora que estou contigo
Debaixo da mesma ponte
À sombra do mesmo abrigo
Temos o mesmo horizonte
Já passaram tantos anos
Desde que me fui embora
Somos um pouco ciganos
Anda sempre alguém por fora
Sempre o mesmo casario
Com a sina nas cozinhas
Aceitar o desafio
Feito pelas andorinhas
Por aquela ribeirinha
Houve um homem que partiu
Ainda lá está a pedrinha
Donde ele se despediu
Já passaram tantos anos
Desde que me fui embora
Somos um pouco ciganos
Anda sempre alguém por fora
"Ó águia que vais tão alto"
Vem de longe este cantar
O "ponto" e depois o "alto"
Tenho aqui o meu lugar
Quando vejo aquela porta
E o menino lá sentado
Qualquer coisa me conforta
Que não vejo em nenhum lado
Já passaram tantos anos
Desde que me fui embora
Somos um pouco ciganos
Anda sempre alguém por fora
* Rio Grande: Rui Veloso, Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino
Produção – Rui Veloso, Tim e João Gil
URL: http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2186
Vou-me Embora, Vou Partir
Letra e música: Popular (Alentejo)
Recolha e adaptação: Vitorino Salomé
Intérprete: Vitorino* (in "Semear Salsa ao Reguinho", Orfeu, 1975; reed. Movieplay, 1999)
Outras versões de Vitorino (in CD "Alentejanas e Amorosas", EMI-VC, 2001; CD "As Mais Bonitas 2", 2002; CD "Ao Vivo: A Preto e Branco", Magic Music/Som Livre, 2007)
Vou-me embora vou partir, mas tenho esperança
De correr o mundo inteiro, quero ir
Quero ver e conhecer, rosa branca
E a vida dum marinheiro sem dormir
E a vida dum marinheiro, branca flor
Que anda lutando no mar com talento
Adeus, adeus, minha mãe, meu amor
Eu hei-de ir, hei-de voltar com o tempo
* [Créditos gerais do disco:]
Grupo de cantadores – António Cristino, Tonico Rações, Zé Manel Ramalho, Janita Salomé, Carlos Salomé, Manel Sezifredo, Zé Luís Diniz, Zé Det e Vitorino
Pontos – José Afonso, António Cristino e Sérgio Godinho
Altos – Janita Salomé e Zé Manel Ramalho
Guitarra acústica – Fausto
Dulcimer – Sheila
Concertina – Vitorino
Flautas e cromorne – Catarina Latino
Saxofone baixo – Sílvio Pleno
Trompas dirigidas por Sílvio Pleno
Percussão – Zau
Direcção musical e arranjos – Fausto e Vitorino
Gravado nos Estúdios Polysom, Lisboa
Técnico de som – Manuel Cunha
URL: http://www.pflores.com/vitorino/index.php
http://www.magicmusic.info/artistas.php?id=28
http://rubicat3.com.sapo.pt/index.html
http://rubicat3.com.sapo.pt/vitorino.html
http://marius3.no.sapo.pt/vitorino.html
http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1
http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2671
Do Palácio das Varandas
Letra: Afonso Dias
Música: Alfredo Correeiro
Intérprete: Afonso Dias* (in CD "Geometria do Sul", Edere, 2002)
No Palácio das Varandas
namorei moiras de sonho
escrevi meus versos de luz.
De ruiva cor eram o trono
e o sangue que me sangraram
com espadas sombras de cruz.
Naveguei Arade abaixo
’té ao azul que gritava
Valentias de aventura.
Em preparos de abalada
do abrigo da enseada
fiz-me ao sonho e à sepultura
trepei agruras de pedra
espojei-me em areias de seda
nadei águas de amargura
Levei os cheiros do monte
plantei estevas no horizonte
flori o mar e a lonjura.
Num tempo antigo de igreja
a santidade da inveja
impôs-se a golpes de espada,
neste sul, do sul sobeja
mais geometria das almas
do que agressões de cruzada.
O Guadiana é travesso
e faz caber num só verso
um povo de duas águas.
Em capital de canções
manda o baile de emoções
esta orgia de poetas.
A velha Garb se ufana
de em mistérios ser estranha
como convém aos profetas.
A velha Garb se ufana
de em mistérios ser estranha
como convém aos profetas.
Hoje o Garb é ribeirinho
e o montanheiro, sozinho
é velhice e sais de pedra.
Da beira-mar para o sol
há que acender o farol
do norte que aponta a serra.
Da beira-mar para o sol
há que acender o farol
do norte que aponta a serra.
* Afonso Dias – guitarra e voz
André Dias – bateria e percussões
Duarte Costa – baixo
Fátima Vargas, Carla Moreira, Pedro Glória, André Dias e Andreia Moura – coros
Fernando Guerreiro – viola braguesa e guitarra portuguesa
José Santana – viola de fado
Paulo Ribeiro – teclas, sintetizadores, acordeão e sopros
Paulo Viegas – guitarra clássica
Vítor do Carmo – guitarra portuguesa
Técnicos de som – Fernando Guerreiro e Joaquim Guerreiro
Mistura – Afonso Dias e Fernando Guerreiro
Gravado no Estúdio InforArte, Lagos
URL: http://www.inforarte.com/cantando1/docs/AnteroPoeta.htm
http://www.inforarte.com/cantando2/SophiaMBA.html
Do Outro Lado da Fronteira
Letra e música: Janita Salomé
Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Raiano", Farol, 1994)
Abelhas mergulham profundo
no pólen de perfumes proibidos
e voltam ébrias de encantamento
que depositam docemente
mel puro de diamantes, clandestino
do outro lado da fronteira
Olho agudo de águia não tropeça
na espessa linha de cor cinzenta
e a presa num impulso de vida
chega e em segredo é repartida
no fundo calmo do ninho quente
do outro lado da fronteira
Rouxinol cego de lua cheia
não se deu conta e passou "el rio"
traído pela magia do cio
logo se encanta de "hermosas alas"
salvos cantos em sombra escondida
do outro lado da fronteira
* Mário Delgado – guitarra de 12 cordas, guitarra clássica, programação
Luís Branco – violino
Paulo Jorge Ferreira – baixo eléctrico
José Salgueiro – caixote, congas, ferrinhos
Arranjo – Mário Delgado
Direcção musical – Fernando Júdice e Janita Salomé
Produção – Fernando Júdice
Gravado e misturado no Registúdio
Técnico de som – Branko Neskov
Assistente – Tiago Lopes
Masterizado por Mike Brown (Inglaterra)
Biografia e discografia em A Nossa Rádio
URL: http://janita.salome.googlepages.com/
http://janitasalome.blogspot.com/
http://www.myspace.com/janitasalome
http://anos80.no.sapo.pt/janitasalome.htm
http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1
http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=1234
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