terça-feira, 10 de março de 2009

Lugar ao Sul

[Lugar ao Sul - 07.03.2009]


Guadiana

Letra e música: Vitorino

Intérprete: Vitorino* (in "Flor de La Mar", EMI-VC, 1983; reed. 1992)

Rio Guadiana, que vais p’ró mar

Correm-te as águas tão gentis

Em terra estranha...

Toma cuidado, olha que em Espanha

Criam-se as mágoas que me inquietam

Dum pesadelo...

Frescas manhãs em Abril

Onde andarão lembranças mil...

Clara Joana foi-se hoje embora

Deixa a saudade num portado

Ninguém a chora

A felicidade é coisa simples

Vai de barquinha rio abaixo

Nunca mais torna...

Frescas manhãs em Abril

Onde andarão lembranças mil...

Espelho da cara da nossa gente

Tira a confiança a quem te mente

Ai se te vejo no Alentejo

Sem laranjais, sem trigo d’oiro

És a fonte dos meus receios

Frescas manhãs em Abril

Onde andarão lembranças mil...

[bis]

* Violas Ovation – Janita Salomé, Carlos Salomé, Vitorino

Acordeão – Baíco

Viola da gamba – Pedro Caldeira Cabral

Percussões – Rui Júnior

Direcção musical e arranjos – Vitorino, Pedro Caldeira Cabral e Janita Salomé

Produção – Vitorino, Manuel Salomé e Francisco Vasconcelos

Gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, Paço d’Arcos

Técnicos de som – António Pinheiro da Silva e Pedro Vasconcelos

Texto sobre o disco em: Grandes discos da música portuguesa: efemérides em 2008

URL: http://www.pflores.com/vitorino/index.php

http://www.magicmusic.info/artistas.php?id=28

http://rubicat3.com.sapo.pt/index.html

http://rubicat3.com.sapo.pt/vitorino.html

http://marius3.no.sapo.pt/vitorino.html

http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1

http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2671

Ponte do Guadiana

Letra: João Monge

Música: João Gil

Intérprete: Rio Grande* (in "Rio Grande", EMI-VC, 1996)

Parece que estava escrito

(Como a vida nos engana)

O sonho era mais bonito

Para lá do Guadiana

Agora que estou contigo

Debaixo da mesma ponte

À sombra do mesmo abrigo

Temos o mesmo horizonte

Já passaram tantos anos

Desde que me fui embora

Somos um pouco ciganos

Anda sempre alguém por fora

Sempre o mesmo casario

Com a sina nas cozinhas

Aceitar o desafio

Feito pelas andorinhas

Por aquela ribeirinha

Houve um homem que partiu

Ainda lá está a pedrinha

Donde ele se despediu

Já passaram tantos anos

Desde que me fui embora

Somos um pouco ciganos

Anda sempre alguém por fora

"Ó águia que vais tão alto"

Vem de longe este cantar

O "ponto" e depois o "alto"

Tenho aqui o meu lugar

Quando vejo aquela porta

E o menino lá sentado

Qualquer coisa me conforta

Que não vejo em nenhum lado

Já passaram tantos anos

Desde que me fui embora

Somos um pouco ciganos

Anda sempre alguém por fora

* Rio Grande: Rui Veloso, Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino

Produção – Rui Veloso, Tim e João Gil

URL: http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2186

Vou-me Embora, Vou Partir

Letra e música: Popular (Alentejo)

Recolha e adaptação: Vitorino Salomé

Intérprete: Vitorino* (in "Semear Salsa ao Reguinho", Orfeu, 1975; reed. Movieplay, 1999)

Outras versões de Vitorino (in CD "Alentejanas e Amorosas", EMI-VC, 2001; CD "As Mais Bonitas 2", 2002; CD "Ao Vivo: A Preto e Branco", Magic Music/Som Livre, 2007)

Vou-me embora vou partir, mas tenho esperança

De correr o mundo inteiro, quero ir

Quero ver e conhecer, rosa branca

E a vida dum marinheiro sem dormir

E a vida dum marinheiro, branca flor

Que anda lutando no mar com talento

Adeus, adeus, minha mãe, meu amor

Eu hei-de ir, hei-de voltar com o tempo

* [Créditos gerais do disco:]

Grupo de cantadores – António Cristino, Tonico Rações, Zé Manel Ramalho, Janita Salomé, Carlos Salomé, Manel Sezifredo, Zé Luís Diniz, Zé Det e Vitorino

Pontos – José Afonso, António Cristino e Sérgio Godinho

Altos – Janita Salomé e Zé Manel Ramalho

Guitarra acústica – Fausto

Dulcimer – Sheila

Concertina – Vitorino

Flautas e cromorne – Catarina Latino

Saxofone baixo – Sílvio Pleno

Trompas dirigidas por Sílvio Pleno

Percussão – Zau

Direcção musical e arranjos – Fausto e Vitorino

Gravado nos Estúdios Polysom, Lisboa

Técnico de som – Manuel Cunha

URL: http://www.pflores.com/vitorino/index.php

http://www.magicmusic.info/artistas.php?id=28

http://rubicat3.com.sapo.pt/index.html

http://rubicat3.com.sapo.pt/vitorino.html

http://marius3.no.sapo.pt/vitorino.html

http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1

http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=2671

Do Palácio das Varandas

Letra: Afonso Dias

Música: Alfredo Correeiro

Intérprete: Afonso Dias* (in CD "Geometria do Sul", Edere, 2002)

No Palácio das Varandas

namorei moiras de sonho

escrevi meus versos de luz.

De ruiva cor eram o trono

e o sangue que me sangraram

com espadas sombras de cruz.

Naveguei Arade abaixo

’té ao azul que gritava

Valentias de aventura.

Em preparos de abalada

do abrigo da enseada

fiz-me ao sonho e à sepultura

trepei agruras de pedra

espojei-me em areias de seda

nadei águas de amargura

Levei os cheiros do monte

plantei estevas no horizonte

flori o mar e a lonjura.

Num tempo antigo de igreja

a santidade da inveja

impôs-se a golpes de espada,

neste sul, do sul sobeja

mais geometria das almas

do que agressões de cruzada.

O Guadiana é travesso

e faz caber num só verso

um povo de duas águas.

Em capital de canções

manda o baile de emoções

esta orgia de poetas.

A velha Garb se ufana

de em mistérios ser estranha

como convém aos profetas.

A velha Garb se ufana

de em mistérios ser estranha

como convém aos profetas.

Hoje o Garb é ribeirinho

e o montanheiro, sozinho

é velhice e sais de pedra.

Da beira-mar para o sol

há que acender o farol

do norte que aponta a serra.

Da beira-mar para o sol

há que acender o farol

do norte que aponta a serra.

* Afonso Dias – guitarra e voz

André Dias – bateria e percussões

Duarte Costa – baixo

Fátima Vargas, Carla Moreira, Pedro Glória, André Dias e Andreia Moura – coros

Fernando Guerreiro – viola braguesa e guitarra portuguesa

José Santana – viola de fado

Paulo Ribeiro – teclas, sintetizadores, acordeão e sopros

Paulo Viegas – guitarra clássica

Vítor do Carmo – guitarra portuguesa

Técnicos de som – Fernando Guerreiro e Joaquim Guerreiro

Mistura – Afonso Dias e Fernando Guerreiro

Gravado no Estúdio InforArte, Lagos

URL: http://www.inforarte.com/cantando1/docs/AnteroPoeta.htm

http://www.inforarte.com/cantando2/SophiaMBA.html

Do Outro Lado da Fronteira

Letra e música: Janita Salomé

Intérprete: Janita Salomé* (in CD "Raiano", Farol, 1994)

Abelhas mergulham profundo

no pólen de perfumes proibidos

e voltam ébrias de encantamento

que depositam docemente

mel puro de diamantes, clandestino

do outro lado da fronteira

Olho agudo de águia não tropeça

na espessa linha de cor cinzenta

e a presa num impulso de vida

chega e em segredo é repartida

no fundo calmo do ninho quente

do outro lado da fronteira

Rouxinol cego de lua cheia

não se deu conta e passou "el rio"

traído pela magia do cio

logo se encanta de "hermosas alas"

salvos cantos em sombra escondida

do outro lado da fronteira

* Mário Delgado – guitarra de 12 cordas, guitarra clássica, programação

Luís Branco – violino

Paulo Jorge Ferreira – baixo eléctrico

José Salgueiro – caixote, congas, ferrinhos

Arranjo – Mário Delgado

Direcção musical – Fernando Júdice e Janita Salomé

Produção – Fernando Júdice

Gravado e misturado no Registúdio

Técnico de som – Branko Neskov

Assistente – Tiago Lopes

Masterizado por Mike Brown (Inglaterra)

Biografia e discografia em A Nossa Rádio

URL: http://janita.salome.googlepages.com/

http://janitasalome.blogspot.com/

http://www.myspace.com/janitasalome

http://anos80.no.sapo.pt/janitasalome.htm

http://www.infoalternativa.org/radio/radio/janita-vitorino_utopia/index.php?autoplay=1

http://cotonete.clix.pt/quiosque/artistas/musicas.aspx?id=1234

Sem comentários: