quinta-feira, 12 de março de 2009

Guiné-Bissau, uma sucursal da Colômbia

A comissária europeia responsável pelas Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, disse hoje em Estrasburgo que os assassínios de «Nino» Vieira e de Tagmé Na Waié demonstraram a «máxima importância» de combater o tráfico de droga na Guiné-Bissau.

A comissária europeia falava num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre a situação na Guiné-Bissau, na sequência dos assassínios do Presidente João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, que condenou «da forma mais veemente».

Apontando que a «presença de narcotraficantes e toda a criminalidade são factores mais preocupantes nos dias de hoje» no país, Ferrero-Waldner lembrou os apoios que a União Europeia já presta à Guiné-Bissau para o combate ao tráfico de droga.

«É necessário um plano muito ambicioso no combate ao narcotráfico, porque é da máxima importância para nós, como constatamos com o sucedido», disse.

A importância de combater o tráfico de droga foi de resto a tónica das intervenções dos eurodeputados que intervieram no hemiciclo, caso do deputado democrata-cristão José Ribeiro e Castro, que lamentou a presença «cada vez mais evidente» e «chocante» do narcotráfico, apontando-a como um dos principais factores para a vulnerabilidade do país.

Já a outra eurodeputada portuguesa a intervir no debate, Ilda Figueiredo, do PCP, sustentou que os acontecimentos de Bissau são ainda resultado do «passado colonial» e apelou a uma maior cooperação da UE, mas sem «ingerências».

A seguir ao período de debates consagrados aos direitos humanos, a assembleia vai adoptar uma resolução sobre a Guiné-Bissau, na qual sublinha a necessidade de se combater o tráfico de droga, considerando que a «presença crescente de interesses ligados ao narcotráfico» contribui em muito para a instabilidade que se vive no país.

«Nino» Vieira foi morto a 02 de Março durante um ataque de militares à sua residência, horas depois de um atentado à bomba ter morto Tagmé Na Waié.

Diário Digital / Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem ambiguidade,concordo com Ilda,tendo em consideração apoios que todas ex-colonias têm no ambito dos país de CPLP,embora em nome de Nações Unidas,tal como em Timor porque o Portugal nao pode solicitar mesma intrevenção de genero na Guine?!Aliás julgo saber existe Cooperações Militares pelo menos formar. O Ditador de conceso já foi...