sábado, 14 de março de 2009

FRASES

Grupo de Operações Especiais da Polícia
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Frases retiradas da comunicação social das últimas 3 semanas. Sendo frases curtas e fora dos respectivos contextos, nem por isso deixam de ser significativas quanto às preocupações políticas da conjuntura:

Corruptores activos e passivos podem dormir descansados com o actual poder político. […] Não haja dúvidas de que, em Portugal, há um certo tipo de crime que compensa. E muito.
José António Lima, Sol.

Numa sociedade em que há muito se instalou a suspeita de que a corrupção cresce dia a dia, a quase ausência de processos por esse tipo de crime é, em si mesma, motivo de desconfiança.
Fernando Madrinha, Expresso.

A Justiça portuguesa é, mais do que a Educação, o maior falhanço do regime democrático. E a dúvida legítima é se este caminho ainda tem retorno.
Editorial, Expresso.

O nosso modo de vida - assente no estado social e no crédito fácil – está falido; o nosso Estado de Direito é uma ficção.
Henrique Raposo, Expresso.

Portugal é governável sem maiorias absolutas. Os políticos têm, somente, de atender ao espírito de missão. O que me parece arredio dos cálculos desta gente.
Baptista-Bastos, Diário de Notícias.

O país mudou muito [nos últimos trinta anos], melhorou o seu aspecto, construiu auto-estradas, usa roupas da moda, entrou na Europa, e não nos envergonha. Também é verdade que vivemos com mais ressentimento, estamos endividados [logo, mais pobres] e com medo do futuro.
Francisco José Viegas, Correio da Manhã.

Os sentimentos de insegurança propagam-se como qualquer pandemia e a crise é propícia ao medo. […] Há cidades no país onde vigora um não declarado sistema de recolher obrigatório.
João Paulo Guerra, Diário Económico.

A nossa democracia tem fragilidades que importa corrigir: a começar na vida interna dos partidos e dos sindicatos […]. Mas também nos domínios da Justiça […] e dos meios de comunicação, onde cada vez há menos jornalistas qualificados e independentes e mais “funcionários” ao serviço dos interesses que lhes pagam […].
Mário Soares, Visão.

Somos um país da Zona Euro, um membro de pleno direito desse exclusivo clube que é a União Europeia e temos de nos comportar como tal, deixando cair de vez os atavismos do Estado Novo e as teias de aranha de um serôdio período revolucionário. A civilização, em suma!
Maria José Nogueira Pinto, Diário de Notícias.

O país continua muito longe daquilo que nós imaginávamos, sobretudo a geração pós 25 de Abril. A História encarregar-se-á de afastar o pó das coias e revelará que houve uma total incapacidade de resposta política.
Joana Amaral Dias, Semanário Económico.

O Parlamento é um espelho da Feira Popular.
Joana Amaral Dias, Semanário Económico.

[José] Sócrates queixa-se do poder da comunicação social mas não hesita em reduzir o PS a uma plateia para o seu show.
Daniel Oliveira, Expresso.

Qualquer dia é como nos “Miseráveis”: quem rouba um pão é condenado, quem faz trafulhices num banco é premiado com o dinheiro dos contribuintes.
Manuel Alegre, Expresso.

Cheira a crédito falido pela vastidão desta crise o discurso daqueles que querem fazer crer que nada têm a ver com o que está a acontecer. […] Seria importante, ao menos, já que desta crise ninguém nos livrou, saber, julgar e castigar quem nos trouxe aqui.
Paquete de Oliveira, Jornal de Notícias.

É tempo de o Governo assumir que a crise está a criar gravíssimas dificuldades sociais.
Rita Marques Guedes, Diário Económico.

O País caminha para a bancarrota.
Armando Esteves Pereira, Correio da Manhã.

Ou o eleitorado vota com o coração ou com a carteira. Se vota com o coração, o PS volta-se para a esquerda. Se vota com a carteira, volta-se para a direita.
José Pacheco Pereira, Sábado.

O controlo [do poder socialista] acentua-se na comunicação social pública, e estende-se a pressões de todo o tipo sobre a comunicação social privada.
Idem, Ibidem.

Não é sério dizer que tudo o que o actual Governo fez foi mal feito, nulo ou negativo para o País. […] Pior ainda é afirmar que a crise actual […] é culpa deste Governo.
Leonel Moura, Jornal de Negócios.

A crise tem um nome: desemprego. Situações de excepcional gravidade exigem medidas igualmente excepcionais.
Bagão Félix, Diário de Notícias.

O presente […] chama-se desemprego, fome, miséria. […] O crime, neste território social, transfigura-se.
Francisco Moita Flores, TV Guia.


Os tempos que vivemos são tão incertos que devemos temer todos aqueles que nos falam com tantas certezas. O campo está aberto para pequenos e grandes demagogos, candidatos a salvadores de ocasião.
António José Teixeira, Diário Económico.

O primeiro-ministro é que deve avaliar se a política [de segurança] que está a ser seguida é correcta.
Manuela Ferreira Leite, líder do PSD.

O patamar do crime tem um novo registo. As actuais políticas [de segurança] ou estão erradas ou não chegam.
Paulo Portas, líder do CDS-PP.

Obviamente que o ministro [da Administração Interna] tem de explicar a ausência de resposta do seu ministério.
António Filipe, Deputado do PCP.

Foram insuficientes o policiamento de proximidade e a recolha das armas ilegais.
Helena Pinto, deputada do BE (Bloco de Esquerda).

1 comentário:

zigoto disse...

Há frases curtas que explicam mais do que um romance.
Aqui está um excelente exemplo.