O Bispo das Forças Armadas considerou este sábado que proibir o preservativo é consentir em muitas mortes. «Toda a gente sabe o que é que eu penso acerca disso», afirmou D. Januário Torgal Ferreira, quando questionado sobre a sua discordância em relação ao Papa Bento XVI, que em África reiterou ser contra a utilização do preservativo, nomeadamente na luta contra a Sida, refere a Lusa.
«É claro que há circunstâncias, e do ponto de vista médico não tenho qualquer dúvida, em que proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas», acrescentou, considerando que, neste sentido, «as pessoas que estão aconselhar o Papa deveriam ser mais cultas».
As declarações de D. Januário Torgal Ferreira seguem-se a uma entrevista publicada este sábado pelo «Açoriano Oriental», em que o bispo das Forças Armadas considera que Bento XVI devia ser mais bem aconselhado quando se refere ao uso do preservativo no combate à sida. Teceu ainda alguns comentários sobre a actual crise que afirma ser «o resultado de uma sociedade de corruptos, onde há tubarões».
«Rouba quanto mais puderes, para mais subires na vida. Isso é o que acontece! Acho que é um insulto à gente que nada tem, o tipo de vida que determinadas classes levam e determinado tipo de imprensa que é o espelho do que há de mais medíocre e miserável na sociedade portuguesa!», afirmou D.Januário, destacando que afirma ser contra a insegurança e a violência e não pode concordar «que os salários não aumentem».
O Bispo aproveitou para endereçar algumas criticas à imprensa por considerar que os jornalistas não souberam aproveitar «o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado». D. Januário Torgal Ferreira questionou «porque é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?»In Portugal Diário
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