sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O "Fugas" Durão Brroso dá música...

O regresso de Frei Tomás
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Como o tenebroso azul dos "Blue Meanies" de "Yellow submarine", o sonolento cinzento da recente comunicação "verdadeiramente importante" de Cavaco Silva ao país invadiu por estes dias tão completamente "Pepperland" que, oculta sob a sua pesada sombra, quase ninguém deu pela não menos memorável comunicação de Durão Barroso na mesma noite no Campo Pequeno.
Mas a verdade, diz-se, vem sempre ao de cima, e a justiça presumivelmente também.
Uma semana depois, quando já só restam dispersos fiapos das palavras do presidente, as de Barroso emergem finalmente para a eternidade como paradigma da ética e da lata políticas. "Durão Barroso critica elites de Portugal por não terem espírito de serviço", escreveu então o JN. E, se há edições do JN que "é preciso, é imperioso, é urgente" guardar, essa é uma delas.
Para quem já não se lembra, Durão Barroso foi aquele primeiro-ministro português que, tomado de inalienável "espírito de serviço", abandonou o cargo a que, igualmente tomado de "espírito de serviço", se candidatara e para que foi eleito, mal lhe acenaram com um lugar mais bem pago em Bruxelas.
Manuel António Pina
in JN

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