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Como o tenebroso azul dos "Blue Meanies" de "Yellow submarine", o sonolento cinzento da recente comunicação "verdadeiramente importante" de Cavaco Silva ao país invadiu por estes dias tão completamente "Pepperland" que, oculta sob a sua pesada sombra, quase ninguém deu pela não menos memorável comunicação de Durão Barroso na mesma noite no Campo Pequeno.
Como o tenebroso azul dos "Blue Meanies" de "Yellow submarine", o sonolento cinzento da recente comunicação "verdadeiramente importante" de Cavaco Silva ao país invadiu por estes dias tão completamente "Pepperland" que, oculta sob a sua pesada sombra, quase ninguém deu pela não menos memorável comunicação de Durão Barroso na mesma noite no Campo Pequeno.
Mas a verdade, diz-se, vem sempre ao de cima, e a justiça presumivelmente também.
Uma semana depois, quando já só restam dispersos fiapos das palavras do presidente, as de Barroso emergem finalmente para a eternidade como paradigma da ética e da lata políticas. "Durão Barroso critica elites de Portugal por não terem espírito de serviço", escreveu então o JN. E, se há edições do JN que "é preciso, é imperioso, é urgente" guardar, essa é uma delas.
Para quem já não se lembra, Durão Barroso foi aquele primeiro-ministro português que, tomado de inalienável "espírito de serviço", abandonou o cargo a que, igualmente tomado de "espírito de serviço", se candidatara e para que foi eleito, mal lhe acenaram com um lugar mais bem pago em Bruxelas.
Manuel António Pina
in JN
Uma semana depois, quando já só restam dispersos fiapos das palavras do presidente, as de Barroso emergem finalmente para a eternidade como paradigma da ética e da lata políticas. "Durão Barroso critica elites de Portugal por não terem espírito de serviço", escreveu então o JN. E, se há edições do JN que "é preciso, é imperioso, é urgente" guardar, essa é uma delas.
Para quem já não se lembra, Durão Barroso foi aquele primeiro-ministro português que, tomado de inalienável "espírito de serviço", abandonou o cargo a que, igualmente tomado de "espírito de serviço", se candidatara e para que foi eleito, mal lhe acenaram com um lugar mais bem pago em Bruxelas.
Manuel António Pina
in JN
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