quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Corrupção...O "Estado cá do Sitio"...

Crimes: Em seis meses foram abertos 235 processos por corrupção
Disparam casos de dinheiro sujo
.
Os inquéritos à lavagem de dinheiro sujo e à corrupção evidenciam uma tendência de crescimento imparável em Portugal. Só no primeiro semestre deste ano o crime de branqueamento de capitais foi alvo da abertura de 33 inquéritos, um aumento de quatro por cento face a igual período de 2007.
Entre Janeiro e Junho deste ano, a corrupção conta com a abertura de 235 investigações, número que representa 52 por cento do total em 2007.
Os dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), a que o CM teve acesso, são elucidativos: nos primeiros seis meses de 2008, o crime de branqueamento de capitais foi alvo de 33 inquéritos, um aumento de quatro por cento face aos 26 registados em igual período de 2007, e as acções de prevenção deste crime económico ascenderam a 434, número que já representa 40 por cento das 1067 acções de prevenção aplicadas no total do ano passado.
Em causa estão, por exemplo, casos de lavagem de dinheiro do tráfico de droga e venda de armas.
O aumento dos processos de investigação resulta, desde logo, da maior sensibilidade dos bancos para este tipo de crime económico. João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), já disse que 'há mais preocupação por causa do terrorismo e mais cuidado com os pormenores'.
A corrupção está também a revelar um crescimento preocupante: no total de 2007 foram abertos 452 inquéritos, mas, no primeiro semestre de 2008, já há mais 235 novos processos em investigação.
'OPERAÇÃO FURACÃO' EM RISCO
A ‘Operação Furacão’, a maior investigação sobre branqueamento de capitais e evasão fiscal em Portugal, enfrenta o risco de ficar bloqueada por causa de um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa. Ao levantar o segredo de justiça a este caso, aquele Tribunal permitiu que os arguidos possam aceder ao processo, o que ameaça o trabalho dos investigadores.
O procurador-geral da República já deixou claro que 'isto é um caso de grande gravidade'. Pinto Monteiro criticou mesmo o poder político: 'Quando o Código do Processo Penal foi feito deviam ter previsto os casos de grande complexidade, que não estão previstos.' Por isso, avisou que outros 'crimes económicos vão ficar por investigar.'
E deixou uma pergunta: 'Quem é que vai assumir responsabilidades?'
in CM

Sem comentários: