O embaixador moçambicano na África do Sul assegurou que o executivo de Maputo providenciará ajuda às famílias das seis vítimas moçambicanas assassinadas, para trasladarem os corpos para as províncias de origem.
«Vamos providenciar ajuda para a trasladação dos corpos para as suas províncias em Moçambique. Estamos em contacto com companhias de autocarros», disse Fazenda, que descreveu a situação vivida na África do Sul como sendo «dramática».
«É uma situação, de facto, dramática por que passamos e provavelmente poderemos voltar a passar», considerou o representante do governo moçambicano na África do Sul.
Desde a última semana, a África do Sul está a viver momentos de intensa violência, resultante de atitudes xenófobas protagonizadas por sul-africanos contra os imigrantes, a quem acusam de prática de crimes e de contribuírem para o elevado índice de desemprego e de custo de vida naquele país vizinho de Moçambique.
Estes ataques concertados, que culminaram até ao momento na morte de 24 imigrantes, segundo dados das autoridades sul-africanas, têm como principal alvo moçambicanos, zimbabueanos, etíopes, chineses e paquistaneses.
A violência de cariz xenófoba começou em Alexandra (arredores de Joanesburgo) a 11 de Maio, estendendo-se depois a outras localidades. Em consequência, a polícia sul-africana confirmou a detenção de cerca de 300 pessoas.
Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Balói, referiu que cerca de 70 moçambicanos manifestaram o desejo de regressar ao país, mas o governante pediu «serenidade».
«Não seria bom sinal que os moçambicanos abandonassem a terra que também é deles», aliás, «são pessoas que têm dado o seu máximo no trabalho (...). Que haja serenidade e confiança nas autoridades sul-africanas», que estão a tentar resolver o assunto, disse Balói.
In Diário Digital
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