quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O afogamento de Sócrates

José Sócrates resolveu ir nadar para a albufeira do Alqueva e, sem se aperceber da corrente, quase se afogou.
Foi salvo por três compadres que se encontravam num barco, à pesca. Agradecido, disse-lhes:
- Peçam-me o que quiserem que eu satisfaço o vosso desejo.
O mais velho, já reformado, respondeu.
- Arranje um emprego para o meu filho que trabalhava na fábrica de tapetes e foi despedido.
Ao que Sócrates prometeu que podia contar com isso.
O segundo compadre, também idoso e analfabeto, manifestou interesse em aprender a ler e escrever.
Sócrates não se fez rogado e garantiu-lhe que ia abrir imediatamente uma vaga no programa das novas oportunidades.
Foi então que o terceiro compadre, um jovem mineiro de Aljustrel, pediu meio cabisbaixo:
- Eu só quero um funeral de Estado, com salvas, música, flores e todas essas honras.
Surpreendido, Sócrates perguntou:
- Você ainda é tão novo e já anda a pensar no seu funeral... não compreendo.
Ao que o mineiro retorquiu.
- O que é que vossemecê pensa que me vai acontecer quando voltar a Aljustrel e os outros souberem que o salvei de morrer afogado?

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