segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Adelmar Tavares...Poeta e Príncipe dos Trovadores Brasileiros...

Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti (Recife, 16 de fevereiro de 1888Rio de Janeiro, 20 de junho de 1963 foi um advogado, professor, jurista, magistrado e poeta brasileiro.
Ocupou a Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 25 de março de 1926.
Era considerado o Príncipe dos Trovadores Brasileiros.
Biografia
Era filho de Francisco Tavares da Silva Cavalcanti e de Maria Cândida Tavares.
Ainda como estudante de
Direito pela Faculdade de Direito do Recife manifestou interesse pela imprensa colaborando como redator no "Jornal Pequeno". Formou-se no ano de 1909.
No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil, onde veio a ocupar importantes cargos, como os de professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro, de promotor público adjunto (1910), de curador de resíduos e testamentos (1918), de curador de órfãos (1918 a 1940), de advogado do Banco do Brasil (1925 a 1930), de desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal (1940) e finalmente o de presidente do Tribunal de Justiça (1948 a 1950).
Mesmo exercendo a magistratura, Adelmar Tavares sempre colaborou com a imprensa, tornando-se conhecido em todo o país por suas
trovas.
É considerado, até hoje, aquele que mais se dedicou a esse gênero poético no Brasil. Suas trovas sempre mereceram referência na história literária brasileira.
Sua obra poética caracteriza-se pelo romantismo, lirismo e sensibilidade. Os temas mais comuns estão relacionados à saudade e à vida simples junto à natureza.
Participou da
Sociedade Brasileira de Criminologia, do Instituto dos Advogados, da Academia Brasileira de Belas Artes. Escreveu obras jurídicas, entre elas: A história do fideicomisso, Do homicídio eutanásico ou suplicado, Do direito criminal, O desajustamento do delinqüente à profissão.
Foi membro e patrono da
Academia Brasileira de Trovas, chegando a exercer a presidência desta Academia em 1948.
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A cidade de Recife
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Pátria do meu amor! Recife linda,
como te guarda o meu saudoso olhar!
Velas ao longe... Os coqueirais de Olinda,
e uma terra a nascer da água do mar...
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Um céu de estrelas que entrevejo ainda.
Sob as pontes, o rio a se estirar...
Noites de lua... que saudade infinda...
brancas... que dão vontade de chorar...
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Filho ingrato, parti... Mas nem um dia,
deixei de te lembrar, por mundo alheio,
onde me trouxe a glória fugidia.
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Pátria, quando eu morrer, piedosa e boa,
dá que eu durma o meu sono no teu seio,
como um seio de Mãe que ama e perdoa...

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