sábado, 28 de fevereiro de 2009

Carnaval amordaçado!...

É cada vez mais difícil descortinar onde é que o Ministério da Educação pode chegar quanto a autoritarismo e arbitrariedade.
Em Paredes de Coura espezinhou literalmente a autonomia escolar com uma intervenção repressora de mandantes de Lurdes Rodrigues. Foi apenas mais um exemplo da prepotência como os professores são tratados pelo Governo Sócrates!
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Supõe-se que a autonomia das escolas lhes deveria conferir capacidade para planear actividades e adaptá-las ao evoluir do ano lectivo e suas incidências. Assim será, mas só se não contrariarem a Ministra e os seus big-brothers regionais. Caso contrário, cala-se a boca aos professores, revogam-se decisões escolares legítimas, impõem-se tarefas mesmo que fora das obrigações profissionais ou quiçá dos horários de trabalho. Sempre com a ameaça de retaliações, é claro…
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José Sócrates e Lurdes Rodrigues já não se limitam a impor teias burocráticas que atafulham a vida e o desempenho dos professores, e que tem levado à desistência milhares de profissionais com experiência e ainda muito saber para transmitir.
Sócrates e Lurdes Rodrigues (bem como alguns mandantes regionais) parecem agora empenhados numa saga que dobre a espinha e silencie todos os que lhes contrariem os intentos de dar uma falsa imagem cor-de-rosa da Educação em Portugal. Basta ver o ar crispado e contidamente agressivo com que o primeiro-ministro continua a gracejar com o famoso Magalhães! Basta lembrar o descaramento com que anunciam querer colocar à borla professores reformados nas escolas! Basta conhecer as tentativas para que os Conselhos Executivos "revelem superiormente" como pensam tratar quem não entregue objectivos para avaliação.
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Parece uma vingança sobre uma classe profissional que reage e luta contra os planos do Governo para mercantilizar a escola pública. A denúncia veio desta vez com trajes negros e mordaças. Mas a resposta final tem que ser dada em Outubro, correndo de vez com esta política.
Honório Novo
in JN

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