terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Carnaval da sintaxe...

Agora que o ME divulgou novos programas de Português preconizando que, no final do Ensino Básico, os alunos devem ser capazes de produzir "textos coesos e coerentes" e "correctos em português padrão", o caso da DREN continua a ser exemplar do "português padrão" em uso no ME e do nível de exigência do Ministério em relação à avaliação das "competências" dos seus altos (ou baixos, sei lá) funcionários.
Depois do histórico ofício sobre os "Magalhães", a directora de Educação do Norte (que é suposto ter concluído o Básico) escreve agora, em novo ofício, coisas "coesas e coerentes" como:
"Sendo certo que muitos docentes não se aceitam o uso dos alunos nesta atitude inaceitável"; ou: "a sua [da escola] missão de processos de socialização"; ou: "razão central porque", e por aí fora.
Pelos vistos, as palavras e a gramática insistem em não respeitar a autoridade da senhora directora e, folionas (o ofício é, apropriadamente, sobre o Carnaval), fazem dela gato-sapato e escrevem-se como muito bem lhes apetece.
Eu já lhes teria posto, como ao outro da piada sobre a licenciatura, um processo disciplinar.
Manuel António Pina
in JN

2 comentários:

Anónimo disse...

Será que esta sr Margarida não tem lá na DREN uma simples escriturária com uma 4ª classe bem tirada que lhe corrija os ofícios antes de virem a público? O nível a que alguns dos nossos dirigentes chegaram! Nem tentam disfarçar a ignorância tão inchados que andam de poder.

zigoto disse...

Sugiro à srª Margarida que peça à respectiva ministra da educação, o envio - para tradução - dos seus ofícios, despachos e circulares, ao engenheiro que teve boa nota em inglês técnico. Sabemos que ele confia e é amigo de ambas.
Depois convém envia-los pelo mesmo fax em que o tal engenheiro passou nesse exame.
Talvez, assim, as escolas compreendam, em inglês técnico, os textos que a exmª directora-geral produz.