O presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, afirmou hoje que os impostos representam 59 por cento do preço da gasolina e 47 por cento do gasóleo, durante a apresentação dos resultados da petrolífera.
“Estou do lado dos cidadãos, por isso, como cidadão e como operador do sector, gostava que fosse reduzida a carga fiscal na gasolina e no gasóleo”, afirmou o responsável, durante a conferência de apresentação das contas do primeiro trimestre.
No entanto, Ferreira de Oliveira sublinhou que “é ao Governo que cabe fixar o valor dos impostos” e que a Galp não levou a cabo qualquer iniciativa junto do Executivo sobre esta questão.
Ferreira de Oliveira defendeu-se das acusações de especulação em relação aos preços dos combustíveis que têm sido dirigidas ao sector, salientando que a empresa pratica preços em linha com os do mercado internacional.
“Somos apenas tomadores de preços e praticamos os preços definidos nos mercados internacionais”, salientou o gestor, acrescentando que sente uma “enorme tristeza pela especulação que tem procurado confundir os clientes da Galp, por parte de pessoas mal informadas”.
“Não podemos alhear-nos da economia em que estamos inseridos e das condições da economia internacional”, afirmou o gestor, esclarecendo que “ninguém mais que o sector petrolífero deseja preços que estimulem o consumo”.
O presidente da Galp Energia considera que “não existe nenhuma razão fundamental estrutural para que os preços se mantenham nos actuais níveis”.
“Estamos à espera que o mundo se reencontre, que os preços baixem e que os nossos clientes deixem de ser penalizados”, concluiu.
Diário Digital / Lusa
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