domingo, 18 de maio de 2008

MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA


O Museu Nacional de Arte Antiga
, está localizado em Lisboa, Portugal. O museu está instalado num palácio do século XVII construído para os condes de Alvor. Este edifício é também chamado de Palácio de Alvor-Pombal.

Em 1770, o marquês de Pombal adquiriu-o ficando na posse da sua família por mais de um século.

Inaugurado em 1884, com a designação de Museu Nacional de Belas-Artes e Arqueologia, sendo o Dr. José de Figueiredo responsável pela sua organização e mais tarde nomeado seu primeiro director.

Actualmente o museu é conhecido por Museu das Janelas Verdes, pois é essa a cor das suas janelas. Em 1940 foi construído um anexo, que inclui a fachada principal. Este ocupou o lugar do Convento Carmelita de Santo Alberto, destruído pelo terramoto de 1755. A única coisa que resistiu foi a capela, agora integrada no museu.

Integrou, em 1983, a XVII Exposição Europeia de Arte Ciência e Cultura.

A 18 de Maio de 2006 data de inauguração, no Museu Nacional de Arte Antiga, da memorável exibição da Colecção Dr. Gustav Rau - De Fra Angelico a Bonnard. Esta exposição tornou-se na maior já recebida em Lisboa e colocou Portugal na rota das grandes exposições de arte. A colecção, é importante dizer, reúne telas de Fra Angelico, Guido Reni, Renoir, Degas, Jean-Honoré Fragonard, Hubert Robert, Alexej von Jawlensky, Camille Corot, Edouard Manet, Paul Cézanne, El Greco, Bernardino Luini, Paul Signac, Odilon Redon, Raoul Dufi, Canaletto, Frans Porbus, Max Liebermann, Camille Pissarro, Toulouse-Lautrec, Gerard Dou, Jan van Goyen, Claude Monet, François Boucher, Joshua Reynolds, Pierre Bonnard e até mesmo Thomas Gainsborough, todos incrivelmente importantes. A exposição marcou, com certeza, um dos primeiros passos para a internacionalização da arte de Portugal.

Índice

As colecções do Museu


As Tentações de Santo Antão de Hieronymus Bosch

O Museu contém a maior colecção de pinturas de Portugal, com destaque para as obras religiosas de artistas portugueses. A maioria das peças proveio de conventos e mosteiros depois da supressão das ordens religiosas em 1834. Possui também muitas peças de escultura, prata, porcelana e artes aplicadas, incluindo a Custódia de Belém e a Custódia da Bemposta, dando uma visão geral sobre a arte portuguesa desde a Idade Média até ao século XIX, completada com boas peças orientais e europeias. O tema dos descobrimentos está sempre presente, ilustrando as ligações de Portugal ao Brasil, África, Índia, China e Japão.

Arte Europeia

As pinturas de artistas europeus dos séculos XIV ao XIX estão dispostas cronologicamente, no rés-do-chão. Quase todas as peças foram doadas por coleccionadores privados, o que contribuiu para a sua grande diversidade. As primeiras salas, dedicadas aos séculos XIV e XV, marcam a transição entre o gosto gótico medieval e a estética do Renascimento. Os pintores mais bem representados são os alemães e flamengos do século XVI, como Hans Baldung Grien. As obras mais notáveis são o São Jerónimo de Albrecht Dürer, Salomé de Lucas Cranach, o Velho, a Virgem e o Menino, de Hans Memling, e as Tentações de Santo Antão pelo grande mestre flamengo Hieronymus Bosch. Entre o pequeno número de obras italianas a melhor é o Santo Agostinho, do pintor Piero della Francesca do Renascimento, e um gracioso painel de altar que representa a Ressurreição, de Rafael.

Nas galerias de arte europeia estão representados alguns pintores portugueses, como Josefa de Óbidos e Gregório Lopes.

Pintura e Escultura Portuguesas

Muitas das obras de arte mais antigas são de pintores portugueses influenciados pelos pormenores realistas dos artistas flamengos. Existiram sempre fortes laços comerciais entre Portugal e a Flandres, e nos séculos XV e XVI foram vários os pintores de origem flamenga, como Frei Carlos de Évora que se instalaram em Portugal.

Contudo o lugar de honra cabe ao políptico de São Vicente de Fora, a mais importante pintura portuguesa do século XV, que se tornou no símbolo de orgulho nacional na época dos descobrimentos. Considerado em geral como sendo de Nuno Gonçalves e pintado cerca de 1467 - 1470, a obra representa a Adoração de São Vicente, padroeiro de Portugal, rodeado por dignitários, cavaleiros, monges, pescadores e mendigos. A representação precisa de figuras contemporâneas torna-o num valioso documento histórico e social.

As obras posteriores incluem um retrato do jovem D. Sebastião, de Cristóvão de Morais, e pinturas do artista neoclássico Domingos António de Sequeira.

A colecção de esculturas inclui muitas imagens de Cristo, da Virgem e de Santos, em pedra e madeira, policromas e também imagens do século XVII.

Cerâmica Portuguesa e Chinesa



Vaso da Dinastia Ming

A extensa colecção de cerâmica, permite acompanhar a evolução da porcelana chinesa e da faiança portuguesa, bem como ver a influência dos desenhos orientais nas peças portuguesas e vice-versa. A partir do século XVI, a cerâmica portuguesa revela marcada influência Ming, enquanto as peças chinesas ostentam motivos portugueses, como os brasões de armas. No século XVIII, os oleiros desenvolveram estilo europeu cada vez mais personalizado, com desenhos rústicos e populares. A colecção inclui peças da Itália, Países Baixos e Espanha.

Arte Oriental e Africana

A colecção de marfins e móveis com motivos europeus ilustra as influências recíprocas entre Portugal e as suas colónias. No século XVI, a predilecção pelo exótico deu lugar a uma grande procura de artigos como as trompas de marfim esculpido da África. Os fascinantes biombos Namban mostram os portugueses a negociar no Japão. Os japoneses chamavam-lhes Naban-jin, bárbaros do sul.

Ouro, Prata e Joalharia

Entre a bela colecção de tesouros eclesiásticos encontra-se a cruz de ouro do rei D. Sancho I e a custódia de Belém. Também em exibição está o relicário da Madre de Deus, do século XVI, que alegadamente contém um espinho da coroa de Cristo. Destaca-se na colecção de peças estrangeiras um sumptuoso serviço de mesa do século XVIII, de prata encomendado por D. José I. Após a destruição, aquando do terramoto que assolou Lisboa em 1 de Novembro de 1755, das pratas da casa real que anteriormente haviam sido produzidas pela oficina parisiense de Thomas Germain, D. José I, procedeu á encomenda, à mesma oficina, na altura dirigida por François-Thomas Germain, filho e sucessor de Thomas Germain, de uma baixela em prata,num total superior a 1200 peças, das quais uma selecção representativa se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga. Incluem-se 6 das 8 terrinas (4 ovais e 4 redondas, estas últimas também designadas olhas), molheiras, saleiros com representações de Índios, e os pratos cobertos (peças raras e de grande originalidade) entre muitas outras peças, todas intrincadamente decoradas. A rica colecção de jóias proveio dos conventos a que foram oferecidas quando os membros da nobreza e a burguesia rica entravam nas ordens religiosas.

Artes Aplicadas

Entre os muitos objectos expostos estão tapetes, móveis, têxteis, paramentos litúrgicos e mitras de bispos. Da colecção de móveis fazem parte muitos exemplares, bem como objectos barrocos e neoclássicos dos reinados de D. João V, D. José I e D. Maria I.

A parte dos têxteis mostra cobertas de cama do século XVII, tapeçarias, muitas delas flamengas, como o Baptismo de Cristo do século XVI, tapetes bordados e de Arraiolos

Ver também

Ligações externas

Palácios de Portugal

Água de Peixes

AjudaAlmendraAlvor-PombalAngejaArronchesAzenhaBacalhoaBarcelosBarahonaBeau-SéjourBelémBelmonteBempostaBettencourtBiscainhosBorgesBragaBrejoeiraBuçacoBurnayCabidesCalçadaCalhetaCapitães GeneraisCarrancasCastelo Branco (Paço Episcopal)Castro GuimarãesCondes de FicalhoCunha ReisCurutêloDom ManuelDuques de Bragança (Guimarães)EstóiFidalgaFronteiraFreixoIndependênciaGorjãoGrijóQuinta das LágrimasMaciéis AranhasMadre de DeusMafraMaiorcaMateusMetelosMitraMonserrateMonteiro-MorNecessidadesNoronhasNossa Senhora da ConceiçãoOeirasPenaPimentaPodentesPortelaPortoQueluzRaioRegaleiraRerizRio FrioSalazaresSant'AnnaSão BentoSão CiprianoSão João NovoSão LourençoSeteaisSintraSolar dos NoronhasTávorasTorresTrevõesVila de AlcáçovasVila ViçosaValada-AzambujaValle FlorVerrideVilla Maria

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Nacional_de_Arte_Antiga"

Categoria: Museu Nacional de Arte Antiga


Sem comentários: