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Em teu nome, menina dos cabelos de luz, tantos choraram depois de mais nada conseguirem esperar. Em teu nome, menina dos olhos longos, zangaram-se as polícias e os países fitaram-se receosos e melindrados.
Dizem que por ti, menina do rosto que irradia, os governos pesaram, combinaram e concluíram. Os jornais imaginaram, acusaram e puniram. Toda a gente te definiu o destino mil e uma vezes. E tantas carreiras e glórias se sonharam – tudo por ti, juravam. Mas nunca foi por ti, sempre por eles.
Sabes, menina de todas as meninas que já cá não estão, o poeta Pessoa quis saber qual era o enigma que havia numa princesa do teu país que há muitos anos foi feliz aqui.
Dizem que por ti, menina do rosto que irradia, os governos pesaram, combinaram e concluíram. Os jornais imaginaram, acusaram e puniram. Toda a gente te definiu o destino mil e uma vezes. E tantas carreiras e glórias se sonharam – tudo por ti, juravam. Mas nunca foi por ti, sempre por eles.
Sabes, menina de todas as meninas que já cá não estão, o poeta Pessoa quis saber qual era o enigma que havia numa princesa do teu país que há muitos anos foi feliz aqui.
Invocou-a como ‘Madrinha de Portugal’. Partiste muito cedo, esse foi o mistério que não te deixou ser feliz.
Pode ser que aqui a tua saudade seja mais bem cuidada do que por aqueles que te desampararam.
Carlos de Abreu Amorim
Carlos de Abreu Amorim
( in CM )
2 comentários:
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Descansa Maddie, lá onde estiveres, perdoa os homens, incluindo os teus pais que te deixaram sozinha naquela noite fatídica.
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