Elemento activo da geração de 1960, colaborou em SELÓ - folha dos novíssimos, Boletim de Cabo Verde, revista Vértice (Coimbra), Raízes, Ponto & Vírgula, Fragmentos, Sopinha de Alfabeto, entre outras publicações.
Foi redactor do extinto jornal Voz di Povo.
Venceu o Prémio Camões 2009.
Obras
1981 - Poemas - África Editora - Colecção Cântico Geral. - Lisboa.
1990 - O Eleito do Sol - Edição Sonacor EP - Grafedito - Praia.
1998 - Poemas (reedição) - Ilhéu Editora - Mindelo.
1999 - No Inferno - Centro Cultural Português - Praia e Mindelo.
2006 - MITOgrafias - Ilhéu Editora - Mindelo
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Quiproquó.
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Há uma torneira sempre a dar horas
há um relógio a pingar no lavabos
há um candelabro que morde na isca
há um descalabro de peixe no tecto.
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.Há um boticário pronto para a guerra
.Há um boticário pronto para a guerra
há um soldado vendendo remédios
há um veneno (tão mau) que não mata
há um antídoto para o suicído de um poeta.
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.Senhor, Senhor, que digo eu (?)
.Senhor, Senhor, que digo eu (?)
que ando vestido pelo avesso
e furto chapéu e roubo sapatos
e sigo descalço e vou descoberto.
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