segunda-feira, 13 de abril de 2009

DGS procura respostas para vítimas de empobrecimento súbito


As autoridades de saúde estão à procura de respostas para as pessoas afectadas pelo empobrecimento súbito causado pela crise económica, uma vez que estas são as «mais difíceis de identificar», segundo uma especialista da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Belmira Rodrigues irá revelar a «Resposta da saúde pública à crise económica e social» na próxima terça-feira, durante o primeiro Congresso Nacional de Saúde Pública.

A sua apresentação, a que a Agência Lusa teve acesso, revela o que as autoridades de saúde estão a preparar para responder à crise actual, estando previstas duas «situações distintas».

A primeira refere-se aos grupos populacionais de baixo nível sócio-económico, pobreza e exclusão. Estas comunidades já estão identificadas e as respostas estruturadas.

Contudo, para os «grupos populacionais afectados pelo empobrecimento súbito», que são «pessoas de mais difícil identificação», as autoridades reconhecem a «necessidade de novas respostas».

Para já, a DGS elaborou um conjunto de respostas que passam por acompanhar os potenciais efeitos da crise ao nível da situação alimentar, da auto-estima e do acesso aos cuidados.

O objectivo é garantir as necessidades alimentares básicas e, em caso disso, assegurar que estas tenham acesso aos alimentos, proteger as pessoas de doenças como a depressão e dos comportamentos agressivos e identificar as pessoas com dificuldades de acesso a medicamentos essenciais.

Para estes três objectivos, a DGS tem preparadas várias acções, como a criação de um menu de receitas baratas e a abertura das cantinas escolares aos fins-de-semana e durante períodos de férias, conforme divulgou domingo a Agência Lusa.

A saúde pública dará principal atenção a um conjunto de sinais de alerta como tentativas de suicídio, pessoas com sinais de depressão, alteração da curva de percentis da criança sem causa aparente, casos de desnutrição, nomeadamente crianças e idosos, maus tratos e descompensação clínica motivada pela não adesão terapêutica específica.

Diário Digital / Lusa

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