Sócrates e Guterres conduzem da mesma forma: não limpam o vidro da frente, não olham pelo retrovisor.
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Sócrates e Guterres são substancialmente iguais: a mesma mensagem, a mesma superficialidade, as mesmas ilusões. Ambos ferrenhos adeptos do socialismo da facilidade.Os dois convencidos que são Primeiro-Ministros de sonho. Que fazem mais do que é possível! Que são o melhor da vida, feitos especialmente para os Portugueses.
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No entanto Sócrates é diferente formalmente; é do género, "quem sabe sabe, e eu é que sei"! Guterres era mais do estilo "use e abuse" ou "combino com tudo, por isso combino consigo". Sócrates precisa de provar que é enérgico e valentão, Guterres era pachorrento e bonacheirão. Sócrates nunca pede desculpa, ataca, Guterres pedia desculpa por tudo e por nada e defendia-se.
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Diferentes na forma, iguaizinhos na substância. "Os socialistas são todos diferentes mas todos iguais"..É esta a nossa tragédia, tem sido esta a nossa sina: em quinze anos uma dúzia deles foi socialista. É quase como o conhecido slogan. Partido Socialista "a governar desde 1995".
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Os Portugueses olham os governos socialistas da mesma forma que vêem algumas companhias de seguros. No início da relação com confiança: "Se algo de mal me acontecer tenho governo, tenho seguro". Se tudo corre bem, vá que não vá. Só se lembram da seguradora quando pagam a apólice. É o lado melhor da vida. Mas se algo corre mal, lá vêm as letras pequenas, os contratos de adesão que ninguém leu, enfim a exclusão da responsabilidade. E é aí que os Portugueses concluem: tenho Governo, tenho socialistas, mas não tenho seguro.
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Sócrates repete até à exaustão o "contem comigo" mas quando os Portugueses precisam fala-nos da crise internacional. Sócrates e os seus anúncios recordam-nos a batida frase publicitária do "alívio já", mas o que é certo é que a azia não nos passa. Sócrates é num só slogan o Primeiro--Ministro que os Portugueses "conhecem e não confiam".
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Sócrates e Guterres são iguais. Conduzem da mesma forma: não limpam o vidro da frente, não olham pelo retrovisor e tudo isto sem conhecer a estrada. Do condutor Guterres, os Portugueses sempre desconfiaram, falava muito, olhava para trás e assumia fragilidades. O condutor Sócrates engana, disfarça com aquele ar sério e grave, até parece que sabe conduzir.
É mais perigoso, ilude!
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Guterres era "movido pela paixão" e acabou no pântano. Sócrates afirma "o que é socialista é bom"! Mas o que tem sido hábito é que depois do mal estar feito inventa um qualquer culpado para exibir ao povo.
Tirem-me deste filme publicitário socialista, AQUI ATÉ O ALGODÃO ENGANA!
Luís Campos Ferreira
in CM
quinta-feira, 30 de abril de 2009
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