Na sua entrevista à RTP, o primeiro-ministro declarou-se perseguido pelos jornais e pela oposição. Para dar um exemplo certamente elevado e culto, citou "livros da literatura da América Latina onde se viam organizar processos contra políticos".
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Procurei nas estantes, mas tirando um título de Rubem Fonseca em que Getúlio Vargas é levado do suicídio e dois ou três maus livros sobre o Chile ou o Uruguai, não encontrei outras referências.
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Nessa América Latina a que Sócrates se refere, geralmente os políticos organizavam processos contra os jornalistas e os escritores, mas temo que não queira seguir-lhes as pisadas, se bem que seja íntimo de Hugo Chávez (que fecha as televisões que não lhe agradam).
A literatura é fatal para os políticos, como se vê.
Sobretudo quando não é lida.
Francisco José Viegas
in CM
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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