Josephine Baker, nome artístico de Freda Josephine McDonald, (Saint Louis, 3 de Junho de 1906 — Paris, 12 de Abril de 1975) foi uma dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vênus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula.
Josephine Baker era filha de Carrie McDonald, e seu pai é incerto. Alguns biógrafos afirmam que seu pai seria Eddie Carson, que foi certamente amante de sua mãe, mas Josephine acreditava que seu pai era um homem branco[1]. Seu pai, segundo a biografia oficial, diz que o actor Eddie Carson era seu pai[1], embora várias fontes afirmem que este seria um vendedor ambulante de jóias[2].
Ela era efectivamente fruto de grande miscigenação racial: tinha além da herança negra, também a genética de índios americanos, sendo descendentes de indígenas dos Apalachee e de escravos da Carolina do Sul[2]
Começou sua carreira como artista de rua, dançando, ainda criança. Ingressou nos espetáculos de vaudeville de St. Louis Chorus aos quinze anos de idade. Actuou em Nova York, em alguns espectáculos da Broadway, em 1921 e 1924.
A 2 de outubro de 1925 estreou-se em Paris, no Théâtre des Champs-Élysées, fazendo imediato sucesso com sua dança erótica, aparecendo praticamente nua em cena. Graças ao sucesso da sua temporada europeia, rompeu o contrato e voltou para a França, tornando-se a estrela da Folies Bergère.
Teve uma infância pobre, no sul dos Estados Unidos, em Saint Louis, e às vezes dançava nas ruas para ganhar algumas moedas. Como a mãe e a irmã, trabalhou como lavadeira na casa de senhoras malvadas (uma delas chegou a escaldar-lhe as mãos porque tinha gasto muito sabão).
Um dia arranjou o emprego de camareira da diva negra Clara Smith, e conseguiu a oportunidade de substituir uma corista. Aos 15 anos, casou-se com William Howard Baker e passou a usar o apelido , mas deixou-o dois anos depois, quando saiu de St. Louis, devido à grande discriminação racial que havia na cidade. Aos 19, conseguiu uma vaga num show da Broadway.
Desembarcou na cidade luz no ano de 1925 e na noite de estreia, no Teatro Champs Ellysées, tinha os artistas Léger e Jean Cocteau na plateia. As atracções do show eram os bailados exóticos e os negros zulus. Josephine fazia uma dança selvagem, com as plantas do pé no chão e as pernas arqueadas, com os seios de fora e uma tanga de penas.
A participação de Josephine na Resistência Francesa durante a II Guerra Mundial e a sua luta contra o nazismo valeram-lhe as duas mais altas condecorações da França, a Cruz de Guerra e a Legião de Honra.
A partir de 1950, começou a adoptar crianças órfãs durante suas viagens pelo mundo, passando a criá-las em seu castelo, Les Milandes, nas vizinhanças de Paris. Também adoptava animais, de todas as raças
No final dos anos 1960, passou por dificuldades financeiras e parou de se apresentar em 1968. A princesa Grace de Mónaco ofereceu -lhe uma casa no Principado, quando soube dos seus problemas. Baker apresentou-se então em Mónaco, com grande sucesso, em 1974. No mesmo ano fez apresentações em Nova York. Estava a preparar-se para comemorar, em Paris, os 50 anos de palco, quando entrou em coma e morreu aos 68 anos, em 12 de Abril de 1975.
Referências
- ↑ Jean-Claude Baker & Chris Chase, Josephine: The Hungry Heart. Random House, New York, 1933
- ↑ Symons, Alan. The Jewish Contribution to the 20th Century. London: Polo Publishing, 1997.
Filmografia
- La Sirène des tropiques (1927) ... aka Siren of the Tropics
- Zouzou (1934)
- Princesse Tam Tam (1935)
- Moulin Rouge (1941)
- Fausse alerte (1945) ... aka The French Way
- An jedem Finger zehn (1954) ... aka Ten on Every Finger
- Carosello del varietà (1955)
- Grüsse aus Zürich (1963) (TV)
1 comentário:
Mulheres destas, sempre fizeram e continuam a fazer cá falta.
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