A Amnistia Internacional (AI) recriou esta quinta-feira, em Lisboa, uma viagem a bordo dos chamados «voos de rendições da CIA» para denunciar a tortura e o tratamento «cruel», «desumano» e «degradante» a que diz serem sujeitos os suspeitos de terrorismo, escreve a Lusa.
Uma silhueta de avião pintada no chão da Praça Luís de Camões, em Lisboa, dentro da qual vários «prisioneiros» algemados ouviam as condições desumanas, de tortura e de maus-tratos físicos e psicológicos a que iriam ser submetidos durante a viagem e mais tarde nos centros de detenções secretas norte-americanas, fez parte de uma encenação levada a cabo pela AI Portugal.
«Encenamos e recriamos aquilo que nós achamos que se passa a bordo de um voo de rendição da CIA. Queremos sensibilizar a opinião pública para a existência e gravidade destas situações. Para os tratamentos cruéis, desumanos e degradantes a que estes prisioneiros são sujeitos», explicou hoje à Agência Lusa o director executivo da AI Portugal, Pedro Krupenski.
No dia em que se comemora o Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, a Secção Portuguesa da AI realizou várias acções de sensibilização para lembrar um «número incerto» de pessoas que em todo o Mundo são vítimas de tortura, como «as pessoas presas nos centros de detenção no Afeganistão e na Baía de Guantánamo, em Cuba».
Nesse sentido, a AI convidou as pessoas a entrarem a bordo da «Air Torture» e a assistirem ao «ambiente» vivido nos voos norte-americanos que «transportam ilegalmente pessoas suspeitas de terrorismo para países onde a tortura e outros maus-tratos são praticados durante os interrogatórios».
In Portugal Diário
Sem comentários:
Enviar um comentário