Adriano Moreira acabou com exclusão de três décadas
A intervenção de Loureiro dos Santos, conhecido estratega e analista de assuntos militares e de segurança, tem como tema "A Geopolítica e as Relações Internacionais" - e marca o regresso dos oficiais generais ao seio da Academia das Ciências, três décadas depois de o general Câmara Pina ter deixado a presidência da instituição (1979).
"Foi restabelecida uma justiça histórica", disse ao DN o general Abel Cabral Couto, antigo director do Instituto de Defesa Nacional - onde há um Auditório Câmara Pina - e que partilha com Loureiro dos Santos o interesse pela área da estratégia.
Loureiro dos Santos chegou à Academia das Ciências pela mão do actual presidente, professor Adriano Moreira. "É uma atitude que dignifica mais a Academia das Ciências do que os militares, pois são as pessoas que enobrecem as instituições e não o contrário", enfatizou o general Cabral Couto.
"Desde a fundação da Academia das Ciências que a vertente militar sempre fez parte do âmbito da academia, tanto que houve duas, três dezenas de académicos que eram militares", lembrou Cabral Couto, evocando a figura de Câmara Pina (1904 -1980) como "o último" dos generais a integrar aquela instituição.
"Obcecados com as modas, a parte militar foi corrida. A Academia das Ciências deixou de ter militares" até 2008, quando Adriano Moreira "recriou a secção de Ciências Militares", aplaudiu Cabral Couto.
O general Loureiro dos Santos foi eleito sócio correspondente da Academia a 19 de Março deste ano, integrando a sétima secção da Classe de Letras da Academia, que abrange a "Sociologia e outras Ciências Sociais e Humanas".
In DN
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