domingo, 15 de junho de 2008

Exposição Internacional de Saragoça


Mais de duas mil pessoas visitaram nas primeiras sete horas o Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Saragoça, com diferentes opiniões sobre o espaço, mas com rasgados elogios à instalação interactiva da área expositiva.

Segundo os responsáveis, entraram no pavilhão 2.052 pessoas entre as 11:00 e as 18:00 (mais uma hora do que em Lisboa), já depois da cerimónia de inauguração, presidida hoje de manhã pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

No recinto da Expo entraram só da parte da manhã, entre as 09:30 e as 13:00, cerca de doze mil pessoas, de acordo com dados da organização, sendo que os pavilhões da Alemanha, Japão e, naturalmente, o da Espanha são alguns dos espaços que apresentam filas de espera, no primeiro dia de abertura ao público.

Instalado numa das principais «artérias» do recinto, entre os pavilhões da Alemanha e da China, a exposição lusa é constituída por um percurso de três salas: «Alerta», «Consciência» e «Mudança», onde os rios Douro, Tejo e Guadiana são protagonistas.

«Gostei muito da parte da exposição, sobretudo a instalação no fim. Nunca tinha visto nada semelhante», afirmou Letícia, uma turista espanhola de Barcelona, acrescentando: «pena a primeira parte não estar traduzida».

Esta instalação interactiva foi desenvolvida pela YDreams e permite ao visitante »saltar» para dentro de um painel, tendo como fundo uma margem do Guadiana, e escolher palavras como «disfrutar», «usufruir», «proteger» ou «ambiente».

Uma jovem visitante mexicana, Arabeli, elogiou o facto de ser explicado ao inicio o que vai ser a exposição, bem como as zonas de deslocação das pessoas, vermelhas e a fazer lembrar o curso de um rio.

Elogios dos visitantes

A sala do «Alerta» é de uma enorme densidade e recorre a imagens fotográficas e a material audiovisual para se referir a um mundo em crise de sustentabilidade, afectado pelas consequências desastrosas de secas, cheias, fogos, poluição, entre outros.

«Gostei muito da parte final. É muito original. O pavilhão é bastante bonito e moderno», afirmou, por seu turno, uma visitante espanhola.

Um outro casal de turistas qualificou as duas primeiras salas do espaço como «interessantes», destacando positivamente igualmente a instalação interactiva: «fantástica».

«Ao início achei que ia detestar. Parecia que ia ser mais um daqueles pavilhões com excesso de informação e que se tornam depois um pouco chatos. A parte em que tocamos nas palavras foi o melhor», afirmou Alessandro, visitante italiano.

«Portugal Compartilha»

Mas o pavilhão português dispõe ainda de um espaço designado por «Portugal Compartilha», que terá uma programação cultural própria e estará aberto até à 00:00 e aos fins de semana até às 02:00, apesar dos pavilhões encerrarem às 22:00.

A presença de Portugal na Expo2008, que decorre até 14 de Setembro nas margens do rio Ebro sob o tema «Àgua e Desenvolvimento Sustentável», estende-se ainda para fora do pavilhão. Num objecto vermelho, aparentemente estranho, colocado numa das ruas do recinto funciona a «Peepbox». Uma caixa onde o visitante se pode sentar e ver e ouvir curtas-metragens de jovens artistas portugueses.

O Dia de Portugal na Expo, a 11 de Julho, tem um vasto programa que inclui actuações de Rodrigo Leão, Maria João e Mário Laginha, The Gift, Dulce Pontes e Estrella Morente, as Marionetas do Porto e Animação de Rua, com a Arruada, os bombos dos Zés Pereiras e os percussionistas do grupo Tocándar.

In Portugal Diário

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