quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ana de Castro Osório...Pioneira do Feminismo e da Literatura Infantil em Portugal...

Ana de Castro Osório (Mangualde, 18 de Junho de 1872Setúbal, 23 de Março de 1935) foi uma feminista e escritora infantil portuguesa.
Obra
Foi a pioneira na luta pela igualdade de direitos entre homem e mulher. Escreveu Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista português.
Casada com Paulino de Oliveira, membro do Partido Republicano aproximou-se desse partido, tendo, depois da instauração da República, colaborado com o ministro da Justiça, Afonso Costa, na elaboração da Lei do Divórcio.
Fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Grupo de Estudos Feministas.
É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal.
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Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos.
Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres.
Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios.
Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.
Às Mulheres Portuguesas (1905) é uma colectânea (250ps) de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”.
Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”.
Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”.
Em Às mulheres Portuguesas analisa detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.
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Publicado a pedido do zigoto, cujo computador, ao que parece, foi vítima de Sabotagem...

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