Porta-voz dos camionistas é militante activo do PSD
António Lóios, o auto-intitulado porta-voz da comissão de camionistas responsável pela paralisação nacional da última semana, tem uma carreira política intimamente ligada ao PSD, segundo apurou o Diário Económico. O que confirma as acusações que lhe têm sido dirigidas por parte de vários membros da direcção da ANTRAM.
Jaime Martins Alberto*
Lóios entrou para o Partido Social-Democrata logo em 1974. Primeiro como 'jota' e depois como um dos seus militantes mais activos. Filho de um maquinista da CP e de uma operária de uma tabaqueira, ambos comunistas, o jovem decidiu seguir o seu próprio percurso profissional e político. Licenciou-se em engenharia informática e seguiu as tradicionais etapas de ascensão partidária. Foi membro da Assembleia Municipal de Arraiolos (de onde a sua família é natural) pelo PSD na década de 90 – durante a presidência de Jerónimo Lóios, o seu primo comunista com quem não fala. Foi membro da direcção do PSD de Évora. E, recentemente, fez parte da comissão de honra da candidatura de Fernando Negrão à presidência da câmara de Lisboa.
No último mês, foi o director de campanha de Mário Patinha Antão nas eleições internas do partido. Patinha Antão convidou-o por indicação de "amigos comuns", mesmo sem o conhecer pessoalmente. "Ele aceitou logo", conta o deputado ao Diário Económico, reconhecendo-lhe "grande competência" nesse cargo.
A relação de Lóios com os camionistas e transportadores não é directa. O engenheiro não é, nem nunca foi, camionista ou possuiu qualquer empresa nesta área. Apesar de ter familiares que o são.
Nos últimos anos, Lóios tem trabalhado como representante português de um grupo espanhol na área das energias renováveis.
Neste momento, António Lóios está a ponderar criar uma associação de defesa de pequenos empresários ligados às mais diversas áreas de actividade.
In Diário Económico
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