O economista americano J. K. Galbraith (1908-2006) escreveu um dia:
"O dinheiro é uma coisa singular. É diferente de um automóvel, de uma amante ou de um cancro, na medida em que ele é tão importante para aqueles que o têm como para aqueles que não o têm.”
E nisso tinha razão; mas na crise financeira que atravessamos há uma diferença ainda mais profunda e flagrante entre os que o têm e os que não o têm:
Os primeiros – que a provocaram especulando desenfreadamente nos mercados bolsistas – acabarão por sobreviver com lucros acrescidos, vendendo o que está em queda e comprando o que está em alta. Neste caso o petróleo. Que todos pagaremos mais caro. Com o inevitável efeito de dominó no custo do crédito, na indústria, nos transportes, no comércio, nos serviços e na inflação generalizada dos bens essenciais de consumo.
E isto asfixiará a economia, causará falência de empresas, aumentará o desemprego, a pobreza e a miséria.
O dinheiro dos que o têm aumenta à custa dos que não o têm!
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