quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Artur de Azevedo...Foi um Jornalista, Escritor e Poeta Brasileiro...

Artur de Azevedo
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908) foi um dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro.
Biografia
Filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, que, separada, no nascimento de seus filhos já vivia maritalmente com David; casou-se logo depois do falecimento do seu primeiro marido na Corte.
Em
1871 escreveu uma série de poemas satíricos sobre as pessoas de São Luís, perdendo o emprego de amanuense (copista de textos à mão).
Seguiu para o Rio (
1873), onde foi tradutor de folhetins e revisor de "A Reforma", tornando-se conhecido por seus versos humorísticos. Escrevendo para o teatro , alcançou enorme sucesso com as peças "Véspera de Reis" e "A Capital Federal". Fundou a revista "Vida Moderna", onde suas crônicas eram muito populares.
Artur de Azevedo, prosseguindo a obra de
Martins Pena, consolidou a comédia de costumes brasileira, sendo no país o principal autor do Teatro de revista, em sua primeira fase. Sua atividade jornalística foi intensa, devendo-se a ele a publicação de uma série de revistas, especializadas, além da fundação de alguns jornais cariocas.
Escreveu cerca de duzentas peças para teatro e tentou fazer surgir o teatro nacional, incentivando a encenação de obras brasileiras.
Um Soneto...
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UMA OBSERVAÇÃO
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A moça está sentada. O moço amado
Para uma contradança vai “tira-la”:
— Dá-me a honra?” — Pois não- E pela sala
Eil-os a passear de braço dado.
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De amor quanto protesto alambicado
Daqueles meigos corações se exala,
Te que as palmas batendo o mestre-sala,
Toma lugar o par apaixonado!
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Começa a dança. A mão do moço, esperta,
Bole, mexe, comprime, apalpa, aperta,
Durante uns turbulentos balances,
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E uma senhora, que não é criança,
Sentada a um canto observa que na dança
Hoje trabalham mais as mãos que os pés.

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