quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ainda a crise...

A hora dos abrigos
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“Com o poder político entregue a esta gente medíocre e sem coragem, chegou a hora dos abrigos e do salve-se quem puder”.
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A crise brutal que se abateu sobre o Mundo é um momento ímpar para se perceber a verdadeira natureza das pessoas e analisar à lupa a capacidade e as qualidades dos dirigentes que governam os cidadãos do Planeta.
É nestes momentos de verdade que se conhecem os génios, os medíocres e os inaptos. Sempre foi assim e assim será.
É por isso que tem sido extremamente interessante assistir ao espectáculo dado por homens como George W. Bush, Barack Obama, John McCain, Gordon Brown, Angela Merkel, Sarkozy, Putin, Zapatero e David Cameron, entre outros.
É por isso também que, ao nível doméstico, neste sítio angustiado, desconfiado, pobre, deprimido, manhoso e cada vez mais mal frequentado é aliciante ver como José Sócrates, Cavaco Silva e outras figuras da praça olham para esta crise e falam aos indígenas sobre as suas causas, consequências e eventuais soluções.
Mas mais aliciante ainda é tentar perceber, no meio da cascata de palavras, juras, promessas, garantias e medidas avulso, se alguém tem uma pequena ideia do que será o futuro não só deste sítio como do Mundo.
Diga-se, desde já, que homens e mulheres que ainda há dois meses andavam preocupados com o preço do petróleo, a inflação e o défice das contas públicas não merecem grande confiança. Diga-se, desde já, que homens e mulheres que nos prometiam crescimentos económicos extraordinários, empregos e melhor qualidade de vida não merecem grande crédito. Diga-se, desde já, que homens e mulheres que há dois meses glorificavam o mercado e a livre concorrência e agora se atiram como gato a bofe a esse mesmo mercado são obviamente gente medíocre, sem génio, que desgraçadamente têm nas mãos o destino dos indígenas.
Diga-se, desde já, que homens e mulheres que andam pelo Mundo e por este sítio como baratas tontas a anunciar medidas avulso, a torto e a direito, sem quaisquer resultados práticos, e abrem a boca de espanto com o seu próprio fracasso, provocam naturalmente sentimentos de profunda desconfiança e mesmo de pânico nos cidadãos que descobrem, finalmente, até que ponto foram levados ao engano por subprodutos de marketing, forjados nas catacumbas das máquinas partidárias, gente perfeitamente incapaz não só de perceber o presente como de preparar um futuro muito diferente.
Com o poder político entregue a esta gente medíocre e sem coragem, chegou a hora dos abrigos e do salve-se quem puder.
António Ribeiro Ferreira
in CM

1 comentário:

Anónimo disse...

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