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3,5% de quebra no PIB é mais do que um número abstracto. Significa uma baixa da riqueza produzida em 5,6 mil milhões de euros este ano. O que a estimativa do Banco de Portugal diz é que este ano, em média de cada um dos 365 dias, a riqueza produzida baixa 15,3 milhões de euros.
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Esta quebra da riqueza traduz-se em mais empresas a fecharem as portas e em mais desemprego. Com estes números é natural que a taxa que mede o exército das maiores vítimas da crise, os desempregados, ultrapasse a fasquia dos 10%.
Enquanto o desemprego e as falências disparam, o investimento privado desaparece e as exportações são penalizadas porque a crise é global .
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A retoma não depende de Portugal. Só quando ventos mais favoráveis soprarem na Europa poderemos aspirar a uma mítica recuperação. Mas uma coisa é certa: a primeira década do novo milénio está perdida. Portugal está mais pobre, e todos vamos sofrer com isso.
Armando Esteves Pereira
in CM
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