segunda-feira, 13 de abril de 2009

Militares proibidos de usar tatuagens e maquilhagem...

Não há qualquer margem para dúvidas. Os militares do sexo masculino estão expressamente proibidos de usar maquilhagem e pintar as unhas. A norma consta de um despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, que entrou em vigor no passado dia 1. O objectivo é claro: apertar as regras de apresentação e atavio dos militares.
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"Não é permitido o uso de qualquer tipo de maquilhagem." Esta é uma das normas destinadas aos militares do sexo masculino, expressa no documento a que o CM teve acesso, e onde nada foi deixado ao acaso. "As unhas devem apresentar-se limpas e cuidadas, não podendo ser pintadas e não devendo, em comprimento, exceder três milímetros, medidos desde a ponta dos dedos."
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Para as mulheres as regras são menos apertadas. É permitido o "uso de maquilhagem discreta" e as unhas podem ser "pintadas em tom discreto". O mesmo acontece com os adornos. As militares estão autorizadas a usar "um brinco no lóbulo inferior de cada orelha, de configuração discreta e sem fantasias ou pendentes".
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As regras apertadas e pormenorizadas causaram "momentos de boa disposição nas casernas", como relatou ao CM o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), António Lima Coelho. "Isto é cair no ridículo. Sempre imperou o bom-senso, não percebo a necessidade de se instituir regras que vão ao ponto de proibir a maquilhagem para os militares do sexo masculino. Até parece que não têm coisas mais graves em que pensar como o atrasa no pagamento dos diferenciais", afirmou.
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TATUAGENS E PIERCINGS
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O Exército proíbe ainda tatuagens, piercings ou outras formas de arte corporal que sejam visíveis quando uniformizados. Os militares na efectividade de serviço que ostentem tatuagens, sem estarem de acordo com o determinado e que não possam ser removidas sem recurso a um procedimento médico-cirúrgico, terão de declará-las no prazo de trinta dias. Mas as tatuagens com "conteúdos discriminativos em função do género, religião, raça, nacionalidade ou etnia (...) são obrigatoriamente removidas pelos meios adequados".
Questionado pelo CM, o Exército afirmou que todos os chefes militares "produziram despachos que uniformizam as normas e procedimentos a cumprir no que concerne à apresentação e atavio".
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TRADIÇÃO DE ÁFRICA
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Durante a Guerra Colonial, tornou-se comum o uso de tatuagens entre os militares portugueses, nomeadamente nos braços e nas mãos. As tatuagens, muitas feitas de forma rudimentar, recorrendo à tinta-da-china e a uma agulha, eram dedicadas à família ou simplesmente para registar a sua presença em África. "Amor de mãe" tornou-se, na altura, uma frase célebre.
in CM
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Continuo a gostar muito das chefias militares, em especial no Exército...
Sempre preocupados e empenhados com o moral e bem-estar dos subordinados e as grandes questões que se colocam às Fs`Armadas em pleno séc.XXI...
Chegam a ir ao "baú da recordações" buscar chorudas promoções para grandes e INTELIGENTES vultos militares na reforma, da história contemporânea...
Quando for grande gostaria de ter chefes assim...

2 comentários:

zigoto disse...

Como diria o outro, estas decisões destes chefes de estado maior faz lembrar o tempo em que os Militares diziam:
Há o Estado-Maior, o Estado-menor e o estado a que isto chegou.

sampaio disse...

ja só falta proibirem os saltos altos e meias de vidro