segunda-feira, 20 de abril de 2009

Convite



LIBERDADE
Monumento à Revolução de Abril

Este monumento assinala os 25 anos da Associação 25 de Abril. Foi concebido por um grupo de jovens escultores do Curso de Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Os seus autores procuram deste modo evocar e reafirmar de forma permanente os valores fundamentais da Revolução de Abril, trazendo à sua defesa e preservação as gerações nascidas depois de 1974.

O envolvimento de um grupo de artistas plásticos, nascidos depois de 1974, num projecto colectivo de intervenção artística no espaço urbano, aparece-nos como uma das formas mais singulares de assinalar esta data. Para o sucesso desta empresa, importa destacar que, no cerne deste projecto esteve a partilha de experiências de vida entre a geração de artistas e militares que fizeram nascer a Revolução e um grupo de jovens artistas que se propõem evocá-la. Realizaram-se mesas redondas na Sede da A25A como preparação dos encontros de discussão colectiva na preparação da proposta de monumento.

Com este projecto procuramos: reafirmar de forma permanente e evocativa os valores nos quais se alicerça a existência da Associação 25 Abril; desenvolver novos processos de envolvimento dos artistas na construção do objecto comemorativo; chamar ao exercício da comemoração gerações que nasceram depois de 74, e encontrar os meios adequados para a transmissão do depositário de memórias necessário ao acto evocativo; implementar novas abordagens criativas ao exercício da escultura evocativa.

Esta intervenção define-se pelo seu carácter público. É pensado e construído a partir das relações que se estabelecem entre o objecto, o espaço que o envolve e as pessoas que o usam. Deste modo, a escultura não é pensada como um elemento imposto ao lugar, mas como criação de um lugar pelo usufruto da obra. Pensar o “monumento” desta perspectiva, é trabalhar com as memórias que nascem do passado e que se reforçam no presente. A Liberdade é reconstruída todos os dias, e os lugares de forte carácter evocativos são espaços de reflexão.

A palavra LIBERDADE é gravada pelas formas geométricas do seu vazio, no solo da cidade. No plano de proximidade da obra no lugar a palavra não é percebida. É necessário afastarmo-nos do solo para entender o significado da grafia que se estende no chão; estas marcas são elementos em betão branco sobrelevados do solo. São plataformas de usos diversos, à escala do corpo humano. Na sua envolvente plantam-se amendoeiras que provoquem sombras sobre o conjunto.

Participam os seguintes artistas: Direcção de Projecto Sérgio Vicente, Coordenação José Aurélio, com Ana Moreira, Bruno Cidra, Edgar Pires, Nuno Esteves, Ricardo Mendonça e Sara Padrão.

Promotores: Associação 25 Abril, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa.

2 comentários:

João Andaluz disse...

É com alegria que recebo a notícia e ainda bem pois que a A25A costuma informar os seus sócios através de mail e ainda o não fez. Não vou estar presente mas, o que também é importante, estaremos todos no lançamento do livro do Cor. Vasco Lourenço no dia 23!
Quanto aos valores de Abril, aos valores de 1820 e, outros, infelizmente, uma cáfila de oportunistas e, como disseram Eça, Herculano, Oliveira Martins e tantos outros, corruptos e gatunos providenciam sempre, e de que maneira, para pôr esses ideais de rastos.
Criam-se 2 partidos acéfalos, os partidos do poder e que dão emprego aos amigalhaços que os sustentam, vislumbram-se com o poder, com o dinheiro fácil e, quem se lixa sempre, quem é?
Vem aí mais uma catrefa de BMW novos. Assim é que é. Estamos em crise não podem ser BENTLEYS!!!!

zigoto disse...

Caro João

subscrevo integralmente o seu comentário.
Julgo que a nossa A25A enviou a todos os sócios este - como sempre fez e faz - convite.
A demora talvez dependa dos servidores da internet a que cada um de nó se encontra ligado.
De qualquer forma, O Cacimbo cumpriu a sua missão, até porque o convite não é reservado aos sócios da A25A.
Trata-se de uma iniciativa de estudantes de Belas Artes, patrocinada pela Câmara de Lisboa e aberta a todos os cidadãos que partilham os Valores de Abril.
Este monumento, em minha opinião, deve-se ao facto indesmentível de a Associação 25 de Abril - desde a sua fundação -, há 25 anos a esta parte, sempre ter pugnado pela pedagogia da Liberdade que o 25 de Abril nos devolveu a todos.