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"Silva Lopes, um senhor muito ouvido e respeitado, defendeu recentemente, com autoridade e bonomia, o congelamento dos salários dos portugueses que, recorda o boletim estatístico de Janeiro passado do Ministério do Trabalho e Segurança Social, se cifrava, em termos médios, em 891,40 euros mensais. Socorro-me de um estudo realizado pelo economista Eugénio Rosa para trazer à colação que aquele senhor: auferia mensalmente 102.562,30 euros quando, em Maio transacto, deixou a presidência do Montepio, vai receber cerca de 4.000 euros de reforma mensal, que somará a outra da Caixa Geral de Depósitos e, ainda, a uma terceira, do Banco de Portugal; embora invocando a necessidade de descansar para sair do Montepio aos 74 anos de idade, aceitou, de seguida, o cargo de administrador da EDP Renováveis, provavelmente em coerência com a sua visão socialista da economia e do mercado de trabalho. "
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Este texto de Santana Castilho, no Público, reflecte o nojo geral de todos os que se deparam com estes personagens de anos e anos de democracia, autores directos e indirectos da pobreza geral em que nos encontramos e por fim, arautos da austeridade...para os outros.
Estes profetas da desgraça alheia, reconhecem que somos uns atrasados porque sempre vivemos acima das nossas possibilidades. Como se eles nada tivessem a ver com o assunto e como se o exemplo próprio e pessoal não fosse a melhor prova do que afirmam, para uma vergonha que não experimentam.
É uma vergonha, este tipo de gente? Nem tanto, se tivermos em conta que há mais e melhor:
Portanto, sacrifícios, tempos difíceis, corte nos salários, nas reformas e pensões de aposentação, sim. Mas para os outros...
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