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"Temos o mesmo sangue, os mesmos sonhos, a mesma utopia, de Quixote e de Bolívar." Com esta frase, o Presidente Chávez, da Venezuela, concluiu ontem o seu encontro, em Lisboa, com José Sócrates, na residência oficial do primeiro-ministro, reunião também marcada pela assinatura de cinco acordos bilaterais entre os dois países.
Chávez chegou a São Bento com as tradicionais duas horas de atraso (já na última visita tinha acontecido o mesmo).
Sócrates recebeu-o com as palavras habituais palavras: "Queremos que se sinta em sua casa."
E multiplicou referências à comunidade emigrante portuguesa na Venezuela, considerando-a a razão central para os que os dois países mantenham uma "relação especial": "Há 500 mil razões para tornar esta relação especial."
O Presidente venezuelano foi, porém, mais longe. Quis envolver Sócrates na sua batalha ideológica pela salvação da América do Sul. Dirigindo-se a Sócrates por "tu", disse, pondo-lhe a mão no ombro:
"Há uma revolução na América do Sul, sabes?".E essa "revolução", acrescentou, tem inimigos. É-lhe movida uma "guerra mediática", são armadas "emboscadas", como aquela "notícia totalmente falsa" sobre a sua alegada oferta da Venezuela para que a Rússia ali instalasse bases militares. "É tão falso como agora ser meio-dia", disse - e falava nos jardins da residência oficial do primeiro-ministro português por volta das 22.00.
"Estou em Lisboa com uma mensagem de amor", de convivência pacífica num "mundo pluripolar", uma mensagem de desenvolvimento da América Latina. "O século XX - disse ainda - foi um século perdido", a Venezuela foi "um país saqueado" sentado num "mar de petróleo". "Estamos muito gratos pela tua bondade", disse ainda, dirigindo-se a Sócrates.
"Em ti reconhecemos um líder"
in DN
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Por este andar ainda vamos ter que aguentar o engenheiro, a "botar palavra" na TV por sete horas seguidas...Não digam que não avisei...
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