terça-feira, 22 de julho de 2008

A fisga



O politicamente correcto tem limites

O caso da aparente guerra civil na Quinta da Fonte, em que habitantes ciganos abandonam o bairro, acampam nos jardins da Câmara e exigem ser realojados longe de vizinhos negros que, afirmam eles, os perseguem e maltratam, é paradigmático.
Contudo, o que se viu foi dois bandos rivais aos tiros; e o que se sabe é que os desacatos tiveram origem no tráfico de droga, e também, na tentativa de controlar o território em que é vendida.
Portanto, em vez de um problema social que coloca o multiculturalismo em causa, tudo indica tratar-se de um caso de polícia envolvendo traficantes de droga detentores de armas ilegais.
Se, por acaso, os desacatos tivessem sido provocados por um indivíduos de uma só etnia, qualquer que fosse, a resolução do problema estaria entregue, e bem, às forças policiais.
Mas, o politicamente correcto e os especialistas nesta matéria, têm por hábito confundir a árvore com a floresta.
Assim, não se chega a lado nenhum.
Ou antes: talvez se alimente o sentimento de impunidade dos marginais que existem no seio da comunidade.

O caso Maddie foi arquivado ontem, mas está longe de estar encerrado

Desde logo, o casal McCann, anunciou urbi et orbi que vai continuar a investigar por conta própria, ou melhor: por conta de um fundo milionário que conseguiu reunir para o efeito. O que não surpreende, dada a forma mediática como agiram desde o desaparecimento da filha, e os cordelinhos que mexeram para orientar, se não o processo, pelo menos a opinião pública e publicada, através de pistas que não conduziram a prova nenhuma, e muito menos à criança desaparecida.
Agora não faltarão os detractores do trabalho da Polícia Judiciária, como se este fosse o primeiro (ou o último) processo arquivado por falta de provas, e mais: à espera de factos novos que melhor elucidem o que se passou, e permitam identificar e acusar os culpados.
Ou não, como muitas vezes tem acontecido, inclusive no Reino Unido aonde desaparecem sem rasto muito mais crianças do que em Portugal.
Álvaro Fernandes

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