O País está infeliz. Olha para o espelho e não gosta do que vê. E o mais grave é que Portugal tem mesmo razões para isso.
O Eurobarómetro, da Comissão Europeia, revela que dois em cada três portugueses têm dificuldade em esticar o dinheiro até ao final do mês.
Na UE a 27 só mesmo os búlgaros têm mais dificuldade do que nós em pagar as contas. Até os romenos já estão à nossa frente.
O desânimo espelhado neste inquérito não espanta quando se sabe que um milhão de portugueses vive com menos de dez euros por dia. Bruxelas calcula em 50% o risco de um desempregado português acabar na pobreza (na Alemanha esse risco é de 20%), o que também não surpreende quando se sabe que 44% dos desempregados não têm qualquer subsídio.
Temos os piores desempenhos da UE no que toca a abandono escolar e taxa de conclusão do secundário.
As estatísticas que colocam Portugal, a par da Grécia, no topo do ranking dos países onde os jovens demoram mais tempo a arranjar emprego, talvez ajude a explicar as elevadas taxas de insucesso e abandono.
Os 60 mil carros que deixaram de entrar diariamente em Lisboa são uma face desta crise. A outra são os 22 milhões de euros que os portugueses levantam todos os dias das suas poupanças em fundos de investimento e PPR.
O País está deprimido.
É da responsabilidade do Governo administrar uma injecção de adrenalina na economia, para nos devolver o orgulho de ser português que se sentiu em 1998, o ano da Expo, e em 2004, o ano do Euro!!!
in DN
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