domingo, 27 de julho de 2008

A fisga



Se, mas

Se os europeus votassem nas eleições presidenciais americanas, Barak Obama já estava na sala oval, tal é a empatia conseguida com a multidão que o aplaudiu em Berlim, de onde discursou para “todos os europeus”; e, do mesmo modo, a recepção que lhe reservaram Sarkosy, o presidente de uma França distanciada da hegemonia americana desde De Gaulle, ou o aliado britânico cuja opinião pública não perdoou a Blair que os seus militares fossem bater com os costados no Iraque.
Igualmente o lóbi judaico americano, na altura de meter o voto nas urnas, não será indiferente à promessa de que a América continuará a dar apoio e defender Israel, se for ele o eleito.
Mas acontece não serem os europeus a meter o voto nas urnas americanas, e o lóbi judaico sabe que também os republicanos estão interessados em “defender Israel”, talvez com mais convicção do que a promessa de Obama em fazê-lo.
Posto isto, interessa olhar para os eleitores, ou seja, os americanos, que sabem e preferem viver à custa do complexo militar-industrial, que há muito os alimenta, do que arriscarem uma parceria com o velho continente na solução e resolução dos graves problemas que afligem o capitalismo, a economia global e a humanidade.
Dir-me-ão que, em plena guerra fria, esse mesmo eleitorado foi capaz de votar em John Kennedy, a quem agora Bark Obama é comparado.
Pois foi. Mas não se esqueçam que o assassinaram e ao irmão Robert que, a seguir, também pretendeu concorrer à Casa Branca.
Em política, como em quase tudo na vida, quem faz um cesto, faz um cento…

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