sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um país na margem de erro...

Nem é preciso escutar com muita atenção políticos e comentadores para perceber que ninguém está seguro sobre o que vai acontecer nestas eleições europeias.
Há seis meses, ainda se apostava que o PS ficaria em primeiro lugar, mesmo que diminuído. Muita coisa mudou desde então.Paulo Rangel conseguiu carregar o PSD até perto do PS.
O que vai sair das urnas no domingo à noite?
Não se sabe. As sondagens, presas nas margens de erro e em empates técnicos, não ajudam a antecipar.
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O problema, porém, não é apenas adivinhar os resultados. Dar-nos-ia jeito que estas eleições revelassem para onde se inclinam os portugueses e que caminho querem seguir. Fartaram--se de Sócrates? Acham que a direita já é alternativa? Têm saudades do PREC? Nada é por enquanto claro. Sê-lo-á depois das eleições?
Talvez nos devêssemos preparar para uma relativa decepção.
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A verdade é que o país vai a votos no meio de demasiadas incertezas. Não sabemos o que esperar dos casos Freeport e BPN.
Não fazemos ideia do preço que teremos de pagar por umas finanças novamente desequilibradas e uma economia cuja possibilidade de crescimento futuro está, segundo os estudiosos, reduzida a zero. Como poderiam eleitores que têm sobretudo dúvidas dar certezas?
Provavelmente, não ficaremos a saber mais domingo à noite.
Enquanto país, estamos todos na margem de erro.
Rui Ramos
in CM

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