«Jamais faremos coligações com o PS»
Francisco Louçã,em entrevista ao «i», disse que o BE não faz coligações para não fazerem o contrário do que prometeram aos eleitores
Em entrevista ao jornal «i», publicada esta sexta-feira, Francisco Louçã afirmou que o Bloco de Esquerda não tem intenções de fazer coligações com qualquer partido com uma ideologia oposta.
«A lógica de coligação é uma lógica de destruição da política, da falsificação das opiniões, de fazer um arranjo de governo», declara o líder do Bloco de Esquerda.
Francisco Louçã justificou a não coligação com a obrigação de não fazer o «contrário» do que tinham dito aos eleitores. Se houvesse coligação, «isso significa que nós, em nome das carreiras pessoais, do brilho poder, aceitaríamos fazer o contrário do que dissemos aos eleitores», revela.
«Jamais! Diremos isto para que ninguém tenha a menor dúvida. Nunca faremos!», reafirma Louçã.
Leram bem? Notaram as subtilezas da linguagem usada? Façam-me o favor de ler outra vez. Não é necessário ser "analista" ou "politólogo" para entender que Louçã já prometeu a Sócrates que pode contar com ele para governar.
O "jamais" já está muito gasto. Leiam outra vez, por favor.
Se isto não é pôr-se a jeito e fazer um apelo aos alegristas para votarem no BE, de modo a obrigarem Sócrates a encostar-se um bocadinnho à esquerda - evitando que o PSD tenha mais um triunfo e governe coligado com o CDS/PP - venha o bruxo e explique lá do que se trata.
2 comentários:
Que o sr Louçã "jamais" se esqueça do que afirmou hoje ao jornal(I).Qualquer ser bem intencionado lê nas suas cuidadosas palavras que ele não é carreirista, não tem apetência pelo poder e não é mentiroso. Então isto não é lindo termos uma político que está convencido que vai lá chegar só com virtudes.Ele aterrou,vindo de que planeta?
Pois, pois. Mas também não é preciso ser psicólogo para achar curioso que Louçã diga que não é por nada disso,"que nós, em nome das carreiras pessoais, do brilho poder, aceitaríamos fazer o contrário do que dissemos aos eleitores".
A que título se lembrou a criatura de falar em "carreiras pessoais, e brilho do poder".
Cá para mim, já está deslumbrado com a hipótese de chegar a ministro das finanças da Sócralândia, de braço dado com um partido que, evidentemente, não é "qualquer partido com uma ideologia oposta".
Pois...
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