Nos tempos do colonialismo ou das ideologias, os países extinguiam-se por anexação ou mudanças artificiais de fronteiras. Prevaleciam os superiores interesses das grandes potências geopolíticas para esmagar velhas nações.
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Em todos os tempos, das ideologias, da globalização e da crise desta, os países, como as pessoas, podem morrer exauridos pela pobreza, que os afunda em depressões sociais, económicas e culturais insuperáveis ao longo de muitas e muitas décadas.
A Guiné é um desses países que se afundam no caos absoluto, na pobreza e na miséria. Será uma das muitas vítimas das tragédias da História do século XX e da globalização mas é, definitivamente, uma vítima das suas próprias elites.
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Agora que a autofagia culmina na matança dos restos do ‘ninismo’, com os assassínios de ontem, o pior é a estranha sensação emergente de que os vencedores da prolongada crise guineense não estão interessados em restabelecer um Estado de Direito.
Esses vencedores, na esmagadora maioria militares que já não fizeram a guerra colonial, como Zamora Induta, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, dão sinais de estarem a usar os mesmos velhos e sinistros métodos de Nino Vieira para liquidar a oposição. A ‘criação’ de golpes de Estado é já um velho clássico guineense!
Eduardo Dâmaso
in CM
sábado, 6 de junho de 2009
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