quinta-feira, 4 de junho de 2009

De partida

Senhor Embaixador da Patagónia

Aceites que foram os pressupostos enunciados na sua Resposta mui diplomática, cabe-me informar que já rumei às Berlengas, para me despedir do respectivo faroleiro e, na sua pessoa, de todos os meus patuscos conterrâneos que adoram viver na Socralândia.

Chegarei à Terra do Fogo nunca antes do próximo dia 10, o tal que senhor da cooperação estratégica que mora ao lado dos afamados pastéis de nata de Belém afirma ser o dia da raça, talvez referindo-se ao Bo, o cão-de-água português que o senador Kennedy ofereceu às filhas do Obama.

Mas deixemos as minudências e vamos ao que importa. E o que importa é que viajarei só com bilhete de ida, porque tudo indica que os meus concidadãos adoram um chefe como nunca mais tiveram desde que o Botas caiu da cadeira, e estão convencidos que o Pinócrates é o D. Sebastião em carne e osso. Como morrem de saudades de ambos, é sabido que 2009 ficará na História da Socralândia como o ano em que Pinócrates, o menino d’oiro enlatado foi ungido e coroado salvador da pátria, essa entidade semi-divina sem a qual os portugueses não conseguem sobreviver.

Adeus e até ao meu regresso, se eu durar mais 48 anos do mesmo, o que não acredito. Portanto fica mais correcto dizer só adeus.

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